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Governo do Pará monta força-tarefa investigativa para combater crimes ambientais

“Operação Curupira” tem como principal objetivo a redução do desmatamento

Redação Integrada
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A “Operação Curupira” ultrapassa 190 dias de atuação no enfrentamento a ilícitos ambientais. Até o momento, ela reduziu o desmatamento ao estabelecer a força-tarefa “Amazônia Segura”, para intensificar as ações investigativas e responsabilizar os principais articuladores dos crimes. A ação foi deflagrada pelo Governo do Pará, por meio das secretarias de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em conjunto com as forças de segurança pública e órgãos de fiscalização.

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Uma vez finalizada a primeira fase da “Operação Curupira”, com três bases fixas implantadas, além da “Operação Amazônia Viva”, que segue executando missões em pontos específicos e rotativos no estado do Pará, uma nova fase foi lançada no início de agosto, mantendo as bases já existentes e também ampliando as bases de rodízio da “Operação Amazônia Viva”, para seguir avançando nas ações e alcançando novos resultados, a exemplo da redução de 40% no desmatamento nas áreas dos 15 municípios incluídos no decreto de emergência, segundo os dados de alertas de desmatamento (Deter).

image Ação que já dura mais de 190 dias reduziu em 40% o desmatamento em 15 municípios do Pará (Paulo Cézar/ Agência Pará)

“Agora, a partir da avaliação dos resultados obtidos, estabelecemos uma força-tarefa para aprimorar e priorizar as investigações a partir dos levantamentos das equipes em campo”, destacou o secretário de segurança pública e defesa social, Ualame Machado.

“Nós também estamos aumentando a estrutura dessa operação, com a locação de mais aeronaves e também veículos específicos e especiais para poder trafegar em qualquer terreno no estado do Pará. Então a “Operação Curupira” desenvolve-se e ganha também um novo viés específico da Polícia Civil, tratando das investigações, como por exemplo, os procedimentos flagranciais e termos circunstanciados de ocorrência.

image Agentes de segurança e da área ambiental combatem ameaças à floresta (Paulo Cézar/ Agência Pará)

“No entanto, as investigações que demandam o maior tempo, serão desenroladas por essa força-tarefa em Belém, onde todas as informações trabalhadas em campo vêm para essa equipe, para que nós possamos fazer investigações a longo prazo com o intuito de responsabilizar todos os mandantes e responsáveis efetivamente pelas queimadas e desmatamentos, e não somente aqueles que estão em campo no momento da autuação. Então nós melhoramos também essa estrutura de logística e investigação para que possamos realmente desarticular as quadrilhas chegando até o seu principal articulador”, afirmou o titular da Segup.

Equipes

A força-tarefa Amazônia Segura será estabelecida em Belém, sendo integrada por duas equipes policiais que trabalharão especificamente nas investigações de crimes ambientais, e, consequentemente, outros ilícitos vinculados a eles, a exemplo do porte ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas, receptação, entre outros.

Segundo o titular da Semas, Mauro O’de Almeida, a “Operação Curupira” é a prova de que a estratégia de comando e controle é bem sucedida.

image Agentes estaduais combatem garimpo ilegal em rios do Pará (Paulo Cézar/ Agência Pará)

“Ou seja, além da operação Amazônia Viva, que é volante, a gente entendeu que precisava ter uma maior agilidade nos municípios críticos, que são 15 no estado do Pará, sendo estes responsáveis por mais de 50% do desmatamento no estado. Com a Curupira, fixamos bases em três municípios que consideramos centrais para o deslocamento das nossas equipes e alcançamos o resultado desejados, uma redução de 40% no desmatamento nesses 15 municípios, nos cômputos geral do desmatamento no estado, além de uma redução de 8% nos territórios de jurisdição do estado do Pará, comparado com os 5% sob a jurisdição federal, comprovando que essa estratégia deu certo e reforçando a necessidade de prorrogação”, explicou Mauro O’de Almeida.

“A partir de agora, manteremos a ‘Operação Curupira’ pelos próximos seis meses, após a renovação do decreto de emergência ambiental pelo governador, e no futuro queremos fazer com que essas bases se tornem permanentes e haja mais capilaridade no combate ao desmatamento no estado”, complementa o secretário.

image Nova fase visa aprimorar e priorizar investigações a partir dos levantamentos das equipes em campo (Paulo Cézar/ Agência Pará)

Decreto Governamental

O Governo do Estado também prorrogou, por mais 180 dias, o prazo de vigência do Decreto Estadual 2.887/2023, que declara como estado de emergência a situação nos municípios mais afetados por condições climáticas que possam favorecer a propagação de focos de calor e incêndios florestais. O Decreto Estadual 3.249, de prorrogação da validade do ato, foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), no último dia 3 de agosto.

image Força-tarefa Amazônia Segura dará apoio ao trabalho realizado nos últimos seis meses na Operação Curupira (Paulo Cézar/ Agência Pará)

Produtividade

Os esforços empregados nos últimos seis meses, já contabilizam mais de 330 fiscalizações integradas, a apreensão de 414.669 metros cúbicos de madeira; 84 armas de fogo e 535 munições. Além da fiscalização de 40 garimpos, dos quais cinco foram embargados, e 489.327,28 hectares de terra embargados. Também foram apreendidos 547 conjuntos de maquinários; 147 conjuntos de tratores/carregadeiras/escavadeiras e seis caminhões. Os agentes ainda inutilizaram 193 maquinários.

Cerca de 74.213 litros de combustível também foram apreendidos; efetuadas 41 prisões em flagrante; 16 fianças arbitradas;18 inquéritos policiais instaurados e emitidas 42 intimações; além de lavrados 48 termos de embargo; 39 termos de apreensão; 77 termos de depósito e 166 autos de infração, resultando em cerca de R$ 65.827.324,07 milhões em multas aplicadas.

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