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Tecnologia de logística de transporte é destaque no setor da mineração

O diretor da AMN Eduardo Leão também aponta inteligência artificial, automação integrada e menos recursos de bens minerais como tendências do setor

Keila Ferreira
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Em sete décadas, a tecnologia de logística de transporte na mineração cresceu 70%. Esse é apenas um dos avanços do setor, que representa 4% do PIB brasileiro. "A visão do futuro: desafios e tendências da atividade mineral" foi o tema da palestra do Summit Amazônia Produtiva, ministrada na tarde desta quarta-feira, pelo diretor da Agência Nacional de Mineração (AMN), Eduardo Leão. Ele fez um panorama do setor minerário brasileiro, destacou dificuldades enfrentadas e novas tecnologias voltadas a essa atividade econômica.

Segundo Leão, o país tem 13% do seu território com direitos minerários e mais de 50 tipos de minerais explorados. Mas a ANM possui 196 mil processos inscritos, o que trava os trabalhos. Nesse caso, todos os minerais são abrangidos, inclusive os agregados da construção civil. Este segmento tem grandes desafios.

No caso da AMN, a estrutura ainda é insuficiente e dos 792 servidores inscritos, 448 estarão aptos a se aposentar até 2023. Além disso, 40% da massa de trabalhadores da mineração têm mais de 50 anos e, até 2022, um terço pode se aposentar. 

Eduardo Leão

Por outro lado, Eduardo Leão destaca o início de importantes mudanças, com ações como a instalação do sistema brasileiro de certificação de recursos e reservas, novo modelo para concessão de títulos em áreas de disponibilidade, simplificação de legislação de royalties e agenda regulatória. 

"A mineração tem quatro pilares principais: minério, logística, tecnologia e energia. Se isso não estiver bem alinhado, não tem desenvolvimento econômico, tem perda de produção", o diretor. 

Entre as tendências do setor, apresentadas pelo diretor da ANM, está a inteligência artificial, automação integrada, com veículos não tripulado e sistema de truckless, e menos recursos de bens minerais, com beneficiamento a seco e reaproveitamento de água. 

Para Eduardo Leão, o principal desafio é a questão de licença social. "Quando o projeto nasce, a sociedade só sabe depois e ela devia ter conhecimento desde o início".

Em entrevista ao jornal O LIBERAL, o diretor da ANM falou sobre a importância do evento. "Infelizmente, por mais que o Pará esteja chegando na produção que Minas Gerais tem, é um pouco diferente de Minas. Belo Horizonte vive a mineração no seu dia a dia. Por isso, a importância que o estado dá para o setor é muito diferente do que é feito aqui. Mineração está muito longe de Belém, a população não conhece nem a vale direito, não sabe quais são os benefícios da mineração. Esse tipo de discussão é importante para atualizar as pessoas sobre esse tema, porque mais cedo ou mais tarde elas serão vitais para a mineração do futuro".

MINERAÇÃO

De acordo com a organização do Grupo Liberal, que contou com o patrocínio da Vale e apoio do Simineral, o tema mineração foi escolhido por ser um setor fundamental para a economia estadual. No último ano, por exemplo, as Indústrias de Mineração e Transformação Mineral responderam por 88% das exportações no Pará.

A expectativa é que nos próximos cinco anos, a indústria mineral invista mais de R$ 22 bilhões e gere mais de 260 mil empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva local, respondendo por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) paraense.

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