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Tribunal de Justiça julga pedido no caso da morte de prefeito de Goianésia

O julgamento poderá ser transferido para Belém

Abilio Dantas

A seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) julgará na próxima segunda-feira, 21, um pedido de transferência de comarca, conhecido tecnicamente como desaforamento, para o julgamento de Benedito Peres Campelo, acusado de envolvimento na morte do prefeito de Goianésia do Pará, João Gomes da Silva. Natural de Barras, Piauí, Gomes foi morto a tiros na noite do dia 24 de janeiro de 2016. Conhecido como “Russo”, ele foi alvejado enquanto estava em um velório.

O pedido de desaforamento, requerido por Benedito Campelo, consiste na mudança de competência do julgamento da Comarca de Goianésia, onde ocorreu o crime, para a Comarca de Belém, de acordo com o TJ. A desembargadora Vânia Lúcia Carvalho da Silveira será a relatora do caso.

O desaforamento ocorre quando a comarca original não tem condições de realizar o julgamento em razão de possibilidade de parcialidade do júri, que é formado por pessoas da sociedade local, por questão de segurança dos jurados ou do próprio acusado, dentre outros motivos.

Além de Goianésia do Pará, os municípios de Breu Branco e Tucuruí, todos da região do entorno da hidrelétrica de Tucuruí, também tiveram prefeitos assassinados nos últimos três. Diego Kolling, chefe do Executivo municipal de Breu Branco, foi morto a tiros em 16 de maio de 2017, e Jones William, prefeito de Tucuruí, foi baleado em 25 de julho de 2017, enquanto visitava obras. Os três casos de homicídios estão ligados aos royalties da hidrelétrica, que são alvo de negociações corruptas.

Operação Modelo

Ainda na segunda-feira, 21, o TJPA irá apreciar habeas corpus para 13 dos 19 guardas municipais de Castanhal presos no dia 20 de agosto deste ano, na Operação Modelo, acusados de integrar grupo de extermínio.

A Operação Modelo investiga casos de homicídio na região nordeste do estado. De acordo com a polícia, durante a operação, 54 mandados de Justiça foram cumpridos, sendo 35 de busca e apreensão e 19 de prisão.

Na ocasião das prisões, o delegado -geral Alberto Teixeira, declarou que o grupo tinha como objetivo realizar uma "limpeza social" no município e nas cidades vizinhas. "As investigações nos levam a tese de que era um grupo de extermínio. Eles defendiam uma espécie de 'limpeza social' no local. Pessoas que tinham envolvimento com a criminalidade eram exterminadas. Apesar disso, o grupo não caracteriza uma milícia", afirmou o delegado.

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