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Manifestantes em Marituba questionam resultado das urnas

Centenas de pessoas foram até a 78ª zona eleitoral em protesto; trânsito ficou prejudicado

Redação Integrada
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Uma manifestação em frente à 78ª zona eleitoral, no município de Marituba, pedia novas eleições no município, sob o argumento de que alguns votos não teriam sido contabilizados. Centenas de pessoas se reuniram em frente ao cartório, com cartazes, para protestar contra o processo eleitoral. Em seguida, o grupo saiu em caminhada pelas ruas do município, até a BR-316, que teve o tráfego de veículos prejudicado em razão do protesto, mas não chegou a ser fechada. O TRE Pará divulgou nota sobre o processo eleitoral (leia ao fim desta matéria).

O ato se iniciou por volta das 8h30. “Foi a própria população da cidade que se organizou, devido a coisas que a gente viu, percebeu, e tomou essa iniciativa. Várias pessoas de vários bairros, por terem percebido essa anormalidade”, declarou Adriele Figueiredo Araújo, uma das manifestantes e que também é filha de um candidato a vereador, conhecido como Bolsonaldo.

Segundo ela, os problemas começaram durante a apuração, que teve início às 17h, logo após o encerramento da votação. Minutos depois, o sistema parou e “ficou todo mundo sem resposta por cerca de três horas”, reclama Adriele.

Sobre isso, o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou, no domingo, que em razão de uma lentidão no processo de totalização dos votos (soma dos votos), ocorreu um atraso para a divulgação dos resultados da apuração. Os dados estavam sendo remetidos normalmente pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e recepcionados pelo banco de totalização, que somou o conteúdo de forma mais lenta que o previsto. O presidente do TSE ministro Luís Roberto Barroso, pediu desculpas pelo atraso, provocado pela falha no sistema, mas afirmou que não houve comprometimento para a fidedignidade do voto.

Adriele diz que logo no início da apuração, seu pai já tinha nove votos. Quando o sistema travou, ela conta que o candidato foi ao TRE tentar descobrir o que estava acontecendo, mas não teve resposta. Às 23 horas, a situação normalizou, mas alguns vereadores não receberam nenhum voto ou apenas 1, ou seja, não teve apoio da família. “O meu pai, por ter uma personalidade muito forte na mídia, não tinha como ter 40 votos. Ia muita gente lá em casa, muita gente se mobilizou, foi lá pegar material de campanha. 40 votos ele não levou”, argumenta Adriele.

Adriele diz ainda que, no município, se espalhou a informação de que os votos de cinco urnas não teriam sido contabilizados.

O Grupo Liberal procurou o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA) para comentar sobre as denúncias e aguarda uma resposta.

Nota do TRE Pará

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará esclarece que o processo eleitoral é totalmente transparente, auditável e não há como alterar os dados inseridos nas urnas eletrônicas pelos eleitores. Para conferir a lisura do processo, basta comparar a soma dos resultados dos boletins de urna, impressos na frente dos fiscais de partidos, ainda na seção eleitoral, com os dados disponibilizados pelo sistema da Justiça Eleitoral.

Como funciona: Ao abrir as eleições, todas as seções eleitorais imprimem a chamada zerésima, mostrando que nenhum dado foi inserido nas urnas. Ao final da votação, todas as seções eleitorais imprimem o chamado Boletim de Urna (BU); esse relatório contém os votos inseridos em cada urna eletrônica, e é um documento público. Uma cópia dele é afixada na seção e outra é entregue aos fiscais de partido que solicitarem. Depois da eleição, a Justiça Eleitoral publica todos os boletins na internet para que qualquer um possa conferir o seu conteúdo. Os dados estão sendo processados pelo setor de estatística do Tribunal Superior Eleitoral, responsável pela totalização dos votos.

Caso o candidato tenha alguma dúvida sobre o boletim publicado na internet, basta consultar o boletim impresso que o fiscal do seu partido recebeu em todas as seções eleitorais, eliminando qualquer dúvida quanto à lisura dos resultados.
O TRE Pará reitera que, conforme destacado pelo ministro Luis Roberto Barroso nas coletivas que concedeu, as eleições transcorreram dentro da normalidade, mesmo com o congestionamento de dados ocorrido no último domingo, não comprometendo, em nenhum momento, a totalização dos votos.

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