Frente deve levar cooperativismo para municípios distantes da capital

Parlamentares querem fomentar iniciativas em áreas como informática

Redação Integrada de O Liberal
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O Sistema das Organizações das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB-PA) afirma que a partir da criação da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo no Estado do Pará (Frencoope/PA), aprovada pela A Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), será possível regulamentar a Lei do Cooperativismo Paraense que irá abrir caminho para a participação efetiva das cooperativas em processos licitatórios, diferimentos e incentivos fiscais para determinados segmentos cooperativistas, a exemplo da Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), a primeira formada por detentas no Brasil.

“A Coostafe é um exemplo de como, na prática, o cooperativismo age na vida das pessoas. Por meio de uma iniciativa inteligente do sistema penitenciário paraense, reuniram-se 20 mulheres cerceadas de sua liberdade para que elas pudessem ter uma renda própria; e ter uma renda, subsistência, significa ter dignidade”, explica o presidente do Sistema, Ernandes Raiol. Em 2018, o número de profissionais autônomos que decidiram apostar no cooperativismo cresceu 25% no Pará.

A autora do projeto é a deputada Professora Nilse Pinheiro. "Quando pensamos em geração de emprego e em desenvolvimento sustentável o cooperativismo está na linha de frente. Seremos os interlocutores entre os cooperados e o Poder Executivo. Sabemos que o Pará possui um potencial enorme para o cooperativismo, principalmente nas áreas da saúde e da agricultura. No entanto, sabemos também que é preciso apoio, incentivo, cuidado. A Frente irá atuar junto com o grupo de trabalho que discute geração de emprego, já criado pelo governo do Estado”, anuncia.

De acordo com a parlamentar, as cooperativas do Pará, com a chegada da Frente, também poderão adentrar em áreas pouco exploradas da economia local, como é o caso da Informática. “Hoje estamos trabalhando em uma cooperativa inédita no Estado do Pará que traz a questão da interconectividade, que foca na produção dos provedores de internet. É muito importante que a gente mostre a força do parlamento nessa interlocução e, logicamente, fortaleça a demanda. O estado é muito grande e, se a gente parar para perceber, não há um suporte aos municípios mais distantes da capital. A nossa intenção é agrupar os parlamentares que também fazem parte de outras comissões e entendam a importância da valorização do desenvolvimento do Pará por meio do cooperativismo. Sem dúvida o Pará ainda é muito jovem nessa questão”, reflete.

Sobre as experiências com êxito do cooperativismo em território paraense, a deputada destaca a saúde como a área em que a presença de cooperativas chama a atenção. “A gente vê que existe uma situação alarmante da saúde no estado do Pará, por isso vemos que há muitas cooperativas hoje. Na agricultura familiar (as cooperativas) também são muito importantes. Se o cooperativismo for fortalecido na base, muitas outras vão surgir. A Frencoope acaba de ser aprovada para fazer tudo isso”, reforça.

As reuniões da Frente Parlamentar serão públicas, realizadas com periodicidade e locais estabelecidos pelos seus membros. A matéria ainda voltará ao plenário em sessão a ser definida nos próximos dias para que seja definido o texto final.

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