Deputados indicam apoios para o 2º turno

O retorno das atividades na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) também foi marcado pela repercussão dos resultados das urnas. Do total de 41 parlamentares da Casa, 35 concorreram à reeleição, enquanto seis tentaram vagas para a Câmara dos Deputados. No entanto, nem todos os deputados tiveram êxito na campanha e, a partir do próximo ano, a Alepa contará com 19 novos integrantes.

Na sessão desta terça-feira, 4, alguns deputados eleitos e até derrotados se manifestaram sobre as eleições no plenário. Entre eles estava o Dr. Galileu (Republicanos), que não ocupará cargo no Legislativo no próximo ano. “Nós infelizmente não conseguimos ser reconduzidos a esta Casa, mas eu tenho certeza que nós conseguimos cumprir com o nosso papel de trabalhar em defesa do povo do Pará”.

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Além dele, Eliel Faustino (União Brasil), Dra. Heloísa (PSDB), Professora Nilse (PDT), Orlando Lobato (PSD), José Maria Tapajós (PP), Alex Santiago (PP), Dr. Jaques (União Brasil), Ozório Juvenil (MDB) e Michele Begot (PSD) também não se reelegeram. Já Miro Sanova (PDT) e Marinor Brito (PSOL) concorreram à Câmara dos Deputados, mas também não se elegeram. “Aqui não é o fim, muito menos o começo, é a continuidade da luta e do trabalho que sai fortalecido”, acrescentou o deputado Orlando Lobato (PSD) em sua fala em tom de despedida.

Para outros, a sessão foi um momento para comemorar e falar diretamente ao seu eleitorado. Alguns deputados reeleitos com mais votos do que em 2018 aproveitaram, por exemplo, para mencionar todos os municípios onde tiveram votação ou citar nominalmente os apoiadores nas diferentes regiões. Além disso, a maioria dos deputados saudou a reeleição expressiva Hélder Barbalho (MDB) com mais de 70%, o que indica que o atual governador deve continuar com uma base de apoio forte na Alepa.

Também foi destaque durante a sessão a manifestação dos parlamentares já adiantando as negociações e apoios visando o segundo turno da corrida presidencial.  O Delegado Caveira (PL), por exemplo, exaltou o resultado que lhe levou à eleição para ocupar o cargo de deputado federal a partir de 2023 e aproveitou a oportunidade para destacar seu apoio à reeleição do atual presidente, que concorre pela mesma legenda. “O Brasil precisa de todos nós nesse momento. Vamos lutar em prol de Jair Messias Bolsonaro”, declarou.

Na mesma corrente ideológica, o deputado Toni Cunha (PSC), reeleito para a Alepa, acompanhou a fala do colega e também defendeu a escolha por Bolsonaro. “Vamos travar uma batalha enorme para reeleger Jair Messias Bolsonaro. Não podemos voltar ao passado. Do contrário, será o registro do nosso atraso civilizatório”, afirmou.

Por outro lado, outros parlamentares indicaram apoio ao ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). Fábio Figueiras (PSB) criticou um cenário de polarização política, mas externou adesão ao projeto nacional da legenda, que indicou o vice na chapa de Lula. “Nós entendemos esse convite ao Geraldo (Alckmin) como um convite de aproximação de um grupo de esquerda que cabe ao nosso partido acompanhar essa decisão. O PSB é Lula. Vamos caminhar junto com os direcionamentos partidários”, pontuou.

Já o deputado Eraldo Pimenta (MDB) lamentou explicitamente o avanço do bolsonarismo na região da Transamazônica. “Esse sentimento ultrapassou a razão e quem venceu foi a emoção”, disse o parlamentar que essa seria a razão para a derrota dos deputados Ozório Juvenil, Hilton Aguiar e José Maria Tapajós, bem como a votação menor que ele próprio teve na região. Ao final, Pimenta sinalizou uma tendência de apoio a Lula, apesar do partido ainda não ter formalizado posicionamento neste segundo turno.