Deputado defende investigação sobre ajuda do governo à Universal

A ação vai questionar o uso de dinheiro público para atender a interesses privados

Lauriberto Pompeu - AE

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou ontem que vai entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República e na Procuradoria da República no Distrito Federal para apurar possível crime de improbidade administrativa na viagem que o vice-presidente Hamilton Mourão fez a Angola, onde tentou interceder para auxiliar a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O crime de improbidade administrativa ocorre quando o agente público age, no exercício do cargo, contra o interesse público.

A ação vai questionar o uso de dinheiro público para atender a interesses privados e solicitar informações sobre os custos dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e como as hospedagens foram bancadas em Angola. O

mostrou ontem que o presidente Jair Bolsonaro agiu para que o vice tentasse resolver um conflito do grupo religioso no país africano.

Na semana passada, Mourão viajou a Angola para participar de reunião da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). O general disse ao

que, a pedido de Bolsonaro, conversou com o presidente angolano, José Lourenço, para tentar ajudar a Universal.

Integrantes da Universal em Angola se rebelaram contra a direção brasileira da igreja - fundada e liderada pelo bispo Edir Macedo - e divulgaram um manifesto que acusa o comando geral de lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e racismo. A Universal nega as acusações. Pastores e bispos brasileiros estão sendo deportados do país africano. Antes da viagem de Mourão, bispos da Universal no Brasil chegaram a se queixar da falta de apoio do Itamaraty.

"O patrocínio que eles estão fazendo não é só trânsito diplomático. O que é atribuído à Universal são crimes de evasão de divisas, sonegação de impostos e racismo", disse Valente. Ele acusa o governo brasileiro de "interferir em outro Estado para defender interesses privados". "Fora que o Estado (brasileiro) é laico, não pode tratar de questões privadas e ideológicas em outro país".

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