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Confira quem deixa seus cargos no governo municipal e estadual para concorrer às Eleições 2022

Pelo menos 12 órgãos do governo do Estado sofreram mudanças em razão do pleito deste ano

Keila Ferreira e Abílio Dantas
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O fim de prazos importantes do calendário eleitoral na última semana provocou uma intensa movimentação nos bastidores políticos, marcada, principalmente, por mudanças nos 1º e 2º escalões dos governos federal, estaduais e municipais. Ocupantes de alguns tipos de cargos públicos que têm pretensões de concorrer nas eleições de outubro precisaram se desincompatibilizar até este sábado (2). No Pará, a regra provocou uma dança das cadeiras em secretarias e repartições públicas do governo estadual e em algumas prefeituras. 
Pelo menos 12 órgãos do governo do Estado sofreram mudanças em razão das eleições deste ano e nove secretários deixaram o cargo – na maioria dos casos, eles foram substituídos pelos adjuntos. 

Pré-candidata ao Senado pela Rede, Úrsula Vidal deixou a Secretaria de Estado de Cultura, após três anos e meio à frente do órgão. Em suas redes sociais, ela publicou mensagens em tom de despedida. “Eu acredito que o sonho, quando é justo, é bom, já nasce com jeito de coisa concreta, que a gente pode quase pegar, tem cor, tem cheiro. Ele começa a virar realidade quando a gente partilha esse sonho com as pessoas. Foi assim minha trajetória da Secult”, declarou, afirmando que “travessia” é outra palavra presente em sua vida. “Ela é sempre necessária, porque é na travessia que a gente vai ganhando maturidade, coragem, para enfrentar os desafios e cumprir as missões que valem mais a pena. Começo a me preparar para mais uma travessia, porque eu acredito que há uma missão importante a cumprir nesse momento, ocupar a política para garantir mais uma rocha na luta por direitos da nossa gente aqui da Amazônia”, completou. 

Outro que também se despediu do cargo foi Zé Francisco Pantoja Pereira, do PSB, também se despediu do cargo de titular da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos. “Quero agradecer a cada uma das servidoras e cada um dos servidores que me ajudaram nessa missão de levar cidadania e promover direitos humanos por todo o Pará, em especial à minha equipe de assessores, que não medem esforços para, em nome da Boa Política, buscar mais qualidade de vida para o povo paraense”.

À redação integrada de O Liberal, o ex-reitor da Carlos Maneschy confirmou que estava saindo da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação para concorrer ao cargo de deputado estadual, pelo MDB. 

Quem sai nos municípios

Na administração da Prefeitura de Belém, Lívia Noronha (PSOL) deixou a Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel), na sexta-feira (1), para concorrer à Câmara Federal. Outro nome que sai da administração municipal é Ellana Silva, que deixa a Agência Distrital de Icoaraci (Adic) para disputar também uma cadeira no Congresso Nacional como deputada federal. E Max Costa, que exercia o cargo de secretário municipal de Cidadania e Direitos Humanos, pediu demissão para coordenar o mandato e a candidatura à reeleição da deputada federal Vivi Reis (PSOL).

Em Ananindeua, nenhum secretário deixou o cargo para concorrer nas eleições deste ano. A primeira dama de Santarém, Celsa Maria Silva, foi exonerada do cargo de Secretária Municipal de Trabalho e Assistência Social. Ela deve disputar o cargo de deputada estadual, pelo MDB.

Em Marabá, o secretário Thiago Miranda sai da pasta de Esporte e Lazer para disputar o cargo de deputado estadual. 

Federal

No âmbito federal, o presidente Jair Bolsonaro trocou nove ministros:  Tarcísio de Freitas deixou o cargo no Ministério da Infraestrutura para ser pré-candidato ao governo de São Paulo. No lugar dele assumiu Marcelo Sampaio, que era secretário-executivo da pasta; João Roma, pré-candidato ao governo da Bahia, deixou o Ministério da Cidadania e voltou à Câmara dos Deputados. Ronaldo Vieira Bento, que chefiava a assessoria de Assuntos Estratégicos do ministério, assume a pasta. Damares Alves deixou o comando do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Em seu lugar, ficará Cristiane Britto, que era secretária nacional de Políticas para as Mulheres; Marcos Pontes, pré-candidato a deputado federal por São Paulo, deixa o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Paulo Alvim, que era secretário de Inovação, será o novo ministro da pasta; Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni deixa o Ministério do Trabalho e Previdência para retornar à Câmara dos Deputados. José Carlos Oliveira, que presidia o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi o nome escolhido para comandar o Ministério; Flávia Carolina Peres (Flávia Arruda), pré-candidata ao Senado no Distrito Federal, volta à Câmara dos Deputados. Com isso, a Secretaria de Governo passa a ser comandada por Célio Faria Junior, que era chefe do gabinete pessoal de Bolsonaro. Tereza Cristina foi substituída por Marcos Montes, ex-deputado, que era secretário-executivo do Ministério da Agricultura. Pré-candidata ao Senado no Mato Grosso do Sul, ela retorna à Câmara dos Deputados; Rogério Marinho, pré-candidato ao Senado no Rio Grande do Norte, sai do Ministério do Desenvolvimento Regional, dando lugar a Daniel de Oliveira Duarte Ferreira, que era secretário-executivo da pasta; O Ministério do Turismo passa a ser comandando por Carlos Brito, que era diretor-presidente da Embratur. Gilson Machado deixa a parta para se candidatar ao Senado em Pernambuco.

Pré-candidaturas

Deputados e vereadores também estão em discussões internas nos partidos para definir os cargos que devem disputar as eleições de outubro. Na Assembleia Legislativa do Pará, a maioria dos parlamentares deve tentar a reeleição, mas alguns querem chegar à Câmara dos Deputados, entre eles Renilce Nicodemos (MDB), Marinor Brito (PSOL); Raimundo Santos (PSD), Miro Sanova (PDT), Dilvanda Faro (PT) e o deputado Delegado Caveira, pelo PL.

Entre os parlamentares da Câmara Municipal de Belém (CMB), integrantes de legendas tanto da esquerda quanto da direita optaram também por disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal, lançando pré-candidaturas. Nazaré Lima (PSOL), Fábio Souza (PSB) e Mauro Freitas (PSDB) são os vereadores da capital paraense que pretendem atuar politicamente em Brasília.

Em sua página em uma rede social, Nazaré Lima agradeceu o apoio que recebeu no evento em que lançou a pré-candidatura ao Congresso Federal, em 25 de março. “Muito obrigada a todos e todas que estiveram comigo ontem no anúncio da minha pré-candidatura para Deputada Federal. Estou muito feliz! Dialogando é que sempre encontramos um caminho melhor”, publicou.

O vereador Mauro Freitas, ex-presidente da CMB, informou que sua candidatura a deputado federal “está mais do que confirmada”. “Estarei trazendo, inclusive, cinco ou seis candidaturas a deputado estadual, de pessoas do interior do Estado ligadas ao nosso mandato, que também disputarão o pleito, mas na chapa estadual. Nós já estamos organizando as questões jurídicas, de fundo eleitoral, todos os preparativos. Como já temos uma certa experiência, por já termos exercido três mandatos de vereador, duas presidências na Câmara, e já termos disputado algumas eleições, já sabemos quais são os caminhos que devem ser tomados”, declarou.

Disputam uma vaga na Alepa os vereadores Zeca Pirão, presidente da CMB; Lívia Duarte (PSOL), presidente da Comissão de Administração Pública e Bem Estar Social; Bia Caminha (PT); Altair Brandão (PCdoB) e Gleisson (PSB).

Análise política sobre as desistências

O cientista político Renan Bezerra afirma que é preciso conhecer os diferentes tipos de candidatura para compreender o cenário da disputa eleitoral deste ano. “Algumas candidaturas se tratam de pessoas que já estão pensando nas eleições de daqui a dois anos, ou seja, na eleição municipal. Algumas das candidaturas, embora sejam para deputado estadual ou para deputado federal, irão trabalhar apenas no município de interesse, onde acreditam que podem ter chances, por exemplo, para uma prefeitura ou até mesmo para a Câmara de Vereadores”, analisa.

O quociente eleitoral, procedimento para a distribuição de cadeiras nas eleições pelo sistema proporcional de votos, em especial para o cargo de deputado federal, é para Bezerra outro elemento importante para entender as motivações de diversas candidaturas. “Nas últimas eleições para deputado federal, o quociente foi mais ou menos 200 mil votos para que um candidato fosse eleito. Então, as movimentações levam em conta que os partidos e as federações precisam atingir o quociente eleitoral”, destaca.

A terceira variável a ser considerada, ainda segundo o cientista político, é a necessidade das legendas de produzir quadros políticos capazes de atrair votos para que continuem existindo. “O país vive uma polarização grande e uma terceira via que não decola. Somado a isso, as estratégias políticas são bastante diferentes. Independentemente de quem ganhar a eleição para presidente da República, vai precisar fundamentalmente do Congresso para governar. Os partidos ligados ao presidente Bolsonaro, por exemplo, estão concentrando as apostas no Senado, para que tenham maioria em uma Casa, em caso de uma eventual derrota”, exemplifica.

Veja quem entra e quem sai nas secretarias do governo do Estado

Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica

Sai Carlos Maneschy - secretário
Edilza Fontes, que era secretária adjunta, assume a pasta

Secretária de Estado de Justiça e Direitos Humanos

Sai Zé Francisco – secretário
Valbetanio Milhomem, que era secretário adjunto, assume a pasta

Diretoria Geral do Núcleo de Gerenciamento do Programa de Microcrédito – CREDCIDADÃO

Sai Tércio Nogueira – diretor-geral
Entra Marcel Costa, que era diretor Geral do Núcleo de Gerenciamento do Programa de Microcrédito – CREDCIDADÃO

Secretaria Estratégica de Estado de Articulação da Cidadania

Sai Raimundo José Pinheiro dos Santos Junior – secretário adjunto
Entra Julio Jelves, que era Diretor Geral do Núcleo de Relações Institucionais

Casa Civil da Governadoria

Sai Iran Lima – chefe da Casa Civil

Secretário Regional de Governo do Sudeste do Pará

Sai João Chamon Neto – secretário

Secretária Regional de Governo do Baixo Amazonas

Sai Henderson Pinto – secretário

Secretária de Estado de Administração Penitenciária

Sai Jarbas Vasconcelos – secretário
Entra Samuel Igaki

Secretaria de Estado de Cultura

Sai Úrsula Vidal - secretária 
Entra Bruno Ferreira, que era secretário adjunto

Imprensa Oficial 

Sai Jorge Panzera - presidente
Entra Aroldo Carneiro 

Secretária Extraordinária de Estado de Produção

Sai Giovanni Queiroz – secretário
Entra João Carlos Ramos

Secretaria de Estado de Planejamento e Administração

Sai Hana Ghassan – Secretária
Entra Ivaldo Ledo, que era secretário adjunto

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