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Bolsonaro 'não lidera' o País, afirma Doria; Witzel fala em 'crime'

A crise na Saúde vem fazendo com que Doria e Bolsonaro tenham embates frequentes. Já Witzel declarou que Bolsonaro "está colocando em risco" a liberdade dele.

Agência Estado

Os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC), voltaram a criticar nesta segunda-feira (30) a conduta do presidente Jair Bolsonaro, que, no último domingo, visitou lojas no Distrito Federal contrariando a recomendação de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus. Enquanto Doria afirmou que Bolsonaro "não orienta corretamente a população", Witzel disse que o presidente pode ser julgado por "crime contra a humanidade".

"Não sigam as orientações do presidente da República do Brasil. Ele, lamentavelmente, não lidera o Brasil no combate ao coronavírus e na preservação da vida", declarou o governador de São Paulo durante entrevista coletiva para anunciar medidas de prevenção ao avanço do vírus no Estado.

Questionado sobre a presença maior de pessoas nas ruas no fim de semana, Doria reforçou a orientação para que a população fique em casa. "Decisões sensatas e equilibradas do Ministério da Saúde, não temos críticas a fazer. Enquanto continuar assim, estaremos alinhados com o governo federal sob o comando do ministro (Luiz Henrique) Mandetta. Se houver alguma decisão diferente daquela que corresponda a um embasamento científico, técnico e de saúde pública, nós reavaliaremos. O que não aceitaremos serão medidas de outra ordem."

O governador lançou uma campanha publicitária que será veiculada até o dia 6 de abril em rádio, TV e redes sociais. A peça afirma que, contra o coronavírus, as pessoas devem seguir a recomendação de manter o isolamento social. "A economia a gente trabalha e recupera. A vida de quem a gente ama não dá pra recuperar", afirma a peça.

A crise na Saúde vem fazendo com que Doria e Bolsonaro tenham embates frequentes. Em uma reunião com governadores do Sudeste na semana passada, os dois bateram boca. Na sexta, durante vistoria do hospital de campanha que está sendo construído no Pacaembu, o tucano afirmou que "o Brasil precisa discutir quem será o fiador das mortes no País".

Também questionado sobre a "caminhada" do presidente no fim de semana, Witzel declarou que Bolsonaro "está colocando em risco" a liberdade dele. "Se pudesse dar um conselho, como jurista, diria que (Bolsonaro) está colocando em risco sua liberdade. A um chefe de Estado não se admite que vá na contramão do que dizem organizações internacionais das quais o Brasil é signatário, como o artigo 7.º do Estatuto de Roma, de crime contra a humanidade", disse o governador do Rio.

Ainda segundo Witzel, o isolamento social "é uma ordem". "Até então era um pedido, agora é uma ordem. Porque aqueles que morrerem porque a curva aumentou, você será responsabilizado pela morte. Aquele idoso, aquela pessoa vulnerável que morrer, você será o responsável por matá-lo."

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