Bolsonaro não gosta de comentário e põe a Polícia Federal em cima de seguidor

Presidente afirma que internauta vai ter que explicar 'denúncias' contra a PF e a Marinha

Redação Integrada com informações da Folha
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ficou irritado com um comentário em uma postagem dele no Twitter. Bolsonaro disse, na noite desta quinta-feira (18), em uma live, que determinou à Polícia Federal que investigue o homem que fez o comentário.

Bolsonaro disse que o comentário foi feito por um homem que ele identificou como Carlos Eduardo. A postagem do presidente era comemorando a maior apreensão de cocaína do ano, no litoral de Pernambuco, em uma cooperação entre a Polícia Federal e a Marinha.

"Teve um comentário aqui que realmente deixa a gente bastante chateado. Não vou falar o nome todo do cara não, Carlos Eduardo e um sobrenome aqui. E ele falou aqui que quatro meliantes que estavam no veleiro só foram apreendidos porque não pagaram a propina. Então é um trabalho deboche em cima da Polícia Federal, em cima do pessoal da Marinha do Brasil também", disse Bolsonaro.

O presidente afirmou ter acionado a PF para averiguar a “denúncia” do internauta. "Eu tive que dar uma resposta para ele. E a resposta foi a seguinte: 'Prezado Carlos Eduardo de tal, enviarei sua denúncia à PF'. Ou seja, então, a Polícia Federal, com toda a certeza, vai entrar em contato com o senhor Carlos Eduardo, tem mais o sobrenome dele aqui, para ele então denunciar o pessoal da PF e da Marinha, que só apreenderam os caras porque eles não pagaram a propina, né? Então ele vai se explicar", disse Bolsonaro.

"Ele tem a chance agora de explicar à Polícia Federal o que é que realmente aconteceu. Porque uma acusação dessa a gente não pode aceitar", afirmou o presidente.

Acusações sem provas

As redes sociais são um campo em que as pessoas se sentem livres para não apenas desconfiar de tudo, mas tecer teorias da conspiração e fazer afirmações sem indícios ou provas.

Até o presidente não está isento de afirmações contra as instituições sem indícios ou provas, como a que ele afirmou, não apenas em redes sociais, mas em entrevista, que houve fraude nas eleições de 2018, caso contrário, ele teria ganhado no primeiro turno.

Bolsonaro chegou a dizer que apresentaria provas, mas nunca o fez. "Pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu tinha sido, eu fui eleito no primeiro turno, mas no meu entender teve fraude", disse Bolsonaro no dia 9 de março.

As declarações levaram a reações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em março de 2020, o órgão desmentiu o presidente, dizendo que nunca houve indícios de fraude, mas que se houver seriam investigados. “Eleições sem fraudes foram uma conquista da democracia no Brasil e o TSE garantirá que continue a ser assim", disse o TSE em nota.

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