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Apoiadores do presidente vão às ruas em Belém

Mobilização tem como lema 'Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil'

Elisa Vaz / O Liberal
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Os movimentos de direita estão na contagem regressiva para o dia 7 de setembro, nesta terça-feira, que celebra a Independência do Brasil e promete levar milhares de pessoas às ruas em todo o país para prestar apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro. Em Belém, a programação oficial vai iniciar às 8h30, na Escadinha do Cais do Porto, na Estação das Docas, no início da avenida Presidente Vargas, e depois seguirá até as proximidades da Praça da República, na mesma rua, em passeata.

Com o lema “Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil”, o objetivo do evento é mobilizar o maior número possível de apoiadores para mostrar que “o presidente não está sozinho e que tem a nossa permissão para fazer o necessário pelo país”, segundo a organização, liderada pelo deputado federal Éder Mauro (PSD), principal apoiador de Bolsonaro entre os parlamentares paraenses.

Outro político de direita, o deputado estadual Delegado Caveira (PP) considera muito importante que o povo vá para as ruas, levem seus filhos e familiares, vestindo camisetas ou outros trajes com as cores da bandeira do Brasil. “Este é um momento histórico, que o nosso presidente Jair Bolsonaro precisa do apoio de todos os patriotas, para que se faça cumprir a Constituição Federal, que está sendo rasgada todos os dias”, afirma.

STF

Uma das críticas das lideranças de direita é quanto à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), que, neste ano, ordenou a prisão de dois apoiadores do presidente que incitaram ataques contra a Corte, o deputado federal Daniel Silveira (PSL) e o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson. “Temos um ministro do STF instaurando inquéritos e mandando prender pessoas por suas opiniões. Saibam que o deputado federal Daniel Silveira está preso mesmo possuindo imunidade, que lhe garante suas opiniões. O Brasil precisa ser passado a limpo e, para que isso aconteça, é necessário lavarmos a bandeira e retirar qualquer gotícula vermelha que ainda mancha nosso pavilhão nacional”.

Ainda segundo Caveira, o presidente Bolsonaro está tentando de todas as formas evitar uma ruptura institucional, mas devido a tantos abusos e inconstitucionalidades já praticadas, dificilmente será possível sair do “abismo” sem que algumas pessoas sejam responsabilizadas. “Elas reincidem em querer destruir a República e isso poderá custar até seus próprios cargos. Ou o povo manifesta a nossa indignação agora, visando a um bem maior e comum à nação, exigindo o cumprimento da Constituição Federal, voto impresso e auditável, e o fim da impunidade principalmente para políticos corruptos, ou o futuro do Brasil será incerto”, adianta o deputado estadual.

Além das entidades políticas, o dia também contará com manifestações religiosas. A Marcha pela Liberdade, organizada pela igreja evangélica Assembleia de Deus, está marcada para as 10h do dia 7 de setembro, no estacionamento do Mangueirão, e a coordenação pede para que os manifestantes levem bandeira do Brasil e vistam camisas com as mesmas cores. O pastor Philipe Câmara diz que o ato não é contra ninguém, mas a favor do país.

"Nós amamos o Brasil e, por onde passamos, ele é conhecido como um povo feliz, livre, que pode se expressar, expressar sua opinião, sua fé. E estamos observando, esses dias, algumas liberdades serem desafiadas. Como amamos a Pátria, tem coisas que defendemos com unhas e dentes, uma delas é a liberdade. Por isso queremos defender nosso direito de se expressar e manifestar nossa fé de forma livre", argumenta o líder religioso.

Órgãos vão atuar na segurança da população

Como os debates recentes têm ficado cada vez mais acirrados, envolvendo a atuação do STF e a ruptura institucional que o fechamento do Supremo provocaria, uma das preocupações do Estado e da Prefeitura de Belém é garantir a segurança dos manifestantes e da população como um todo.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) informou, em nota, que já fez reunião com vários órgãos de trânsito e de segurança, estaduais e municipais, para traçar as estratégias de monitoramento e policiamento para o dia 7 de setembro,  quando estão previstas duas manifestações alusivas à data em Belém. “As forças de segurança vão atuar para que não haja o encontro de percurso das duas mobilizações e para que todos exerçam seu direito à liberdade de expressão, sem impedimentos”, diz o órgão.

Já a administração municipal enviou nota informando que foi montado um planejamento de segurança integrado com as instituições do Estado para os eventos e manifestações alusivos ao dia. “Será empregado um reforço com os agentes dos grupamentos táticos, distribuídos estrategicamente nas principais vias e logradouros públicos da capital, com o objetivo de prevenção e de evitar possíveis transtornos durante os possíveis eventos”. Além disso, a Guarda Municipal de Belém manterá o atendimento ao público pelo telefone 153, para denúncias, e atuará com seu efetivo diário nos 37 postos fixos e rondas em toda a capital e distritos.

Esquerda também se mobiliza

Várias entidades políticas e partidos que representam a esquerda no Pará também convocam seus militantes para irem às ruas no dia 7 de setembro. O chamado “Grito dos Excluídos e Excluídas” terá concentração no Largo do Redondo, na esquina da avenida Nazaré com a travessa Quintino Bocaiúva, às 8h, e fará um trajeto pelas avenidas Nazaré e Magalhães Barata, encerrando no Mercado de São Brás. A campanha nacional "Fora Bolsonaro" aderiu à mobilização e marchará unificada com o público.

A organização reitera que o ato será pacífico, acompanhado por um carro-som. O grupo pediu apoio logístico e de segurança para o governo do Estado, por meio do gabinete do governador Helder Barbalho, a Segup e a Polícia Militar; e para a Prefeitura de Belém, para o gabinete do prefeito Edmilson Rodrigues, Guarda Municipal de Belém e a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). Assinam o documento entidades como os Partidos Socialismo e Liberdade (Psol), dos Trabalhadores (PT), Comunista do Brasil (PcdoB) e Comunista Brasileiro (PCB), União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, Fraternidade de Emaús, Pastoral da Juventude Regional Norte 2 (Pará e Amapá) e Coletivo Juntos!, entre outros movimentos.

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