Agronegócio não pode ser culpado por queimadas, barreiras não se justificariam, diz ministra

'Vamos ver quem está queimando, vamos punir quem precisa ser punido', garantiu Tereza Cristina

Reuters
fonte

As notícias sobre as repercussões das queimadas na Amazônia preocupam, mas o agronegócio não pode ser culpado pelo problema, assim como eventuais barreiras comerciais aos produtos agrícolas brasileiros não se justificariam, disse nesta sexta-feira a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Leia mais:

Eduardo Bolsonaro compartilha vídeo que chama Macron de idiota

Pelo menos 20 capitais brasileiras promovem atos contra desmatamento

Queimadas na Amazônia repercutem mundialmente

Fumaça de queimadas afeta voos, barcos e lota hospitais

"Vamos para ação, vamos ver quem está queimando, vamos punir quem precisa ser punido, quem está fazendo a coisa errada. Mas não podemos dizer que, porque neste momento nós temos um incêndio acontecendo ou uma queimada acontecendo na Amazônia, que o agronegócio brasileiro é o grande destruidor..." disse Tereza a jornalistas, ao ser questionada após evento no ministério.

Segundo ela, dessa forma, eventuais barreiras comerciais contra os produtos agrícolas do Brasil não se justificariam.

Nesta sexta-feira, a Finlândia pediu que a União Europeia avalie a possibilidade de banir a carne bovina brasileira, devido às notícias de queimadas. De outro lado, o gabinete do presidente francês, Emmanuel Macron, disse também nesta sexta-feira que vai se opor ao acordo UE-Mercosul, posição semelhante à da Irlanda, na esteira das notícias relacionadas à Amazônia.

O setor do agronegócio é um dos mais importantes da economia do país, respondendo por grande parte das exportações brasileiras.

A ministra destacou ações do governo que serão tomadas para combater as queimadas.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que a "tendência" é editar um decreto de garantia da lei e da ordem (GLO) para enviar militares das Forças Armadas para combaterem queimadas na Amazônia e o comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, aproveitou cerimônia em Brasília ao lado de Bolsonaro para alertar "incautos" e dizer que a força está pronta para defender a floresta.

"Também tem uma parte ideológica, que eu acho que a gente precisa separar. E nós brasileiros temos a obrigação de defender o Brasil", ressaltou Tereza.

"Acho que a gente tem que baixar a temperatura. A Amazônia é importante, o Brasil sabe disso, o Brasil cuida da Amazônia."

A ministra lembrou que queimadas no Brasil acontecem todos os anos, especialmente em período de seca.

"Uma coisa é queimada, outra coisa é incêndio, tem que se fazer uma diferença entre esses dois acontecimentos. Estamos vivendo uma seca grande que todo ano acontece... Este ano está mais seco e as queimadas estão maiores. Acho que precisavam saber do Brasil o que está acontecendo antes de tomar qualquer tipo de medida", declarou ela, lembrando de incêndios em outras partes do mundo devido ao tempo seco.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA