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VÍDEO: Polícia investiga tortura de crianças em ritual religioso no Pará

Três crianças foram resgatadas pela Conselho Tutelar de Bragança e encaminhadas para um abrigo do município. Família será ouvida.

Ana Carolina Matos

A Polícia Civil, por meio da Superintendência Regional do Caeté, investiga um ritual religioso realizado por uma família na comunidade de Eldorado, na zona rural do município de Bragança, no nordeste paraense. Na última quarta-feira (14), agentes civis e o Conselho Tutelar estiveram na localidade para apurar denúncias de que uma família estaria maltratando menores de idade por conta de crenças atribuídas à religião. Vítimas devem passar por exame de corpo de delito nesta sexta-feira (16), no Instituto Médico Legal (IML) da cidade.

A conselheira Rosa Quemel, que recebeu a denúncia de um morador da comunidade, explica que as equipes viveram momentos de tensão no local, já que houve bastante resistência da família e os moradores estavam revoltados.

"Só conseguimos resgatar três crianças na hora do sufoco. Um bebê de 1 ano e três meses era o que mais estava sofrendo com essa situação. A família não queria que a gente tirasse a criança porque estavam fazendo uma espécie de reza. Só que a criança chorava muito de fome e de sede, assim como as outras", detalha. Também foram resgatadas duas crianças de oito e dez anos.

Segundo ela, houve tentativa de diálogo, mas os familiares estavam irredutíveis. "O Conselho tentava dialogar mas não tinha como, estavam todos transtornados. Com  a chegada da Polícia, todos correram para dentro da casa e se trancaram. Também vimos uma idosa que se alimentava bem pouco. Segundo eles, uma aparição de Nossa Senhora teria dito que eles precisavam desses sacrifícios físicos. Verificamos um trauma físico cruel, maus tratos. Nunca tinha visto nada como isso na minha vida", detalhou. 

As informações de que as crianças seriam sacrificadas durante a cerimônia religiosa e se o ocorrido tinha relação com uma crença de cura da covid-19 não foram confirmadas.

Um relatório sobre o caso foi feito pelo Conselho Tutelar e encaminhado à Polícia Civil, que informou em nota que "novas diligências serão realizadas a partir dos depoimentos para apuração dos fatos e identificação de todos os envolvidos". Ninguém havia sido preso até a publicação desta matéria.

As crianças seguirão no abrigo municipal até decisão judicial.

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