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VÍDEO: Mulher é agredida por policial civil dentro de embarcação, em Breves

Identificado como Anderson, o homem agride covardemente uma senhora, que é coagida por outros policiais e obrigada a deixar o barco. Polícia Civil investiga o caso

Redação Integrada
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Um policial civil, identificado apenas pelo prenome Anderson, agrediu uma mulher dentro de um barco, no porto de Breves, Ilha do Marajó, nesta quarta-feira (16). A agressão foi filmada por passageiros e os vídeos foram amplamente compartilhados nas redes sociais. A Polícia Civil informou que instaurou um procedimento para apurar o caso e determinou o afastamento e a remoção dos policiais envolvidos do local onde atuam. Veja:

Segundo testemunhas, a agressão ocorreu durante uma discussão iniciada no momento em que a embarcação, que faz a linha Portel/Belém, atracou no porto do município de Breves. A vítima é uma senhora que seria paciente do Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e que viria à capital para uma consulta.

A confusão teria se iniciado quando a vítima havia atado uma rede para descansar. Uma outra passageira, que estava do lado dela, iniciou uma discussão por conta da falta de espaço, e as duas partiram para as vias de fato. Neste momento, um homem armado, que se identificou como policial, separou elas, de forma agressiva, como mostram as imagens.

Ainda segundo testemunhas, a policial que se envolveu na briga disse que não queria a senhora perto dela, e chamou os outros dois policiais que estavam presentes, Anderson, que agrediu a vítima posteriormente, e outro identificado apenas como Rodrigo, para que retirassem a mulher do barco.

Anderson, então, começa a gritar com a mulher, dizendo para ela pegar suas malas e deixar a embarcação. "Eu roubei nada, eu não desrespeitei ninguém", diz a mulher. Mas ele insiste, aos gritos: "Eu estou te dando uma ordem direta, você tem que acatar, se você não acatar, isso é desacato, eu vou te prender". Chamando palavrões, ele diz que não vai ouvir o relato da vítima.

Logo depois, ele vai para cima dela, e é possível ver ele dando um tapa em seu rosto. As agressões continuam, com socos, empurrões e até puxão de cabelo. A mulher implora, aos prantos, para que Anderson pare. "Não faz isso, por favor, eu não fiz nada. Eu não roubei, não agredi ninguém", diz a vítima, que em seguida é retirada do local pelos policiais.

Polícia diz que corregedoria está no caso


Em nota, a Polícia Civil do Estado do Pará (PCPA) lamentou o ocorrido e informou que instaurou, por meio da corregedoria, um procedimento para apurar o caso, além de determinar o afastamento e a remoção dos policiais do local onde atuam.

"A PCPA informa, ainda, que não compactua com o tipo de atitude cometida pelos servidores", concluiu a nota. O governador Helder Barbalho reforçou a nota pelo seu perfil do Twitter. Veja na íntegra:

 

 

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) concedeu coletiva à imprensa na manhã desta quinta (17) para atualizar as informações sobre o ocorrido.

Na entrevista à imprensa, o titular da Segup, Ualame Machado classificou o episódio como "lamentável", e reafirmou que o caso está sendo apurado pela Corregedoria da Polícia Civil. Machado disse também que o governo do Pará repudia a atitude dos policiais agressores.

Os três membros da Polícia Civil envolvidos no episódio tiveram suas armas e distintivos retirados e estão afastados de atividades enquanto ocorre a apuração. Eles foram levados à Delegacia Geral em Belém para prestar depoimentos.

Vítima disse que foi coagida a pedir desculpa a policiais


Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a senhora que foi agredida pelos policiais pedindo desculpas, por vídeo, dentro de uma delegacia. Ao lado dela está o agressor, Anderson, e os outros policiais que estão envolvidos no caso. Em outro vídeo, ela afirma que foi coagida a pedir desculpas aos agentes, sob ameaça de ser presa.

Sobre o vídeo, o secretário Ualame Machado afirmou que o fato está sendo apurado pela corregedoria regional de Breves. "De fato é um episódio que foge às regras do procedimento. Se houve algum acordo interno na delegacia entre as partes, isso deveria ter ficado registrado, e não em vídeo gravado pelas partes",  concluiu.

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