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'Vamos defender e não vamos perder armas ou pessoas', diz comandante após mortes em invasão a base

Ainda segundo o vice-almirante Newton, a ação força a Marinha e forças armadas a reverem seus protocolos de segurança

"A ousadia surpreende, porque eles sabem que ali terreno é vigiado. Mas nós não vamos negligenciar e perder armas ou pessoas. Como militares, vamos nos defender", disse o Vice-Almirante Newton de Almeida Costa, Comandante do 4º Distrito Naval, após dois homens que tentaram assaltar a Base Naval de Val de Cans morrerem em uma troca de tiros com militares na madrugada desta quarta-feira (16). O comandante falou com a imprensa pela tarde, e disse que os militares foram vítimas de uma emboscada. Um soldado ficou ferido no tiroteio e um bandido conseguiu fugir.

Segundo o vice-almirante, aquela região também abriga uma vila naval, onde moram militares e suas famílias, e por isso, preocupa ainda mais que tenha sido alvo de uma ação criminosa. "Eles entraram por uma das cercas, que inclusive já está sendo periciada, e se esconderam em um matagal dentro da base, esperando nossos vigias que iam fazer a rendição de serviço no meio da noite. Acredito que era para roubar as armas, pois quando eles abordaram os dois, eles gritaram 'perdeu, perdeu', e foram com as armas para cima dos militares. Ali, eles não tinham nenhum bem além da arma e da munição", explicou.

Ainda segundo o vice-almirante Newton, essa ação força a Marinha a rever seus protocolos de segurança. "Preocupa todo mundo, é uma atitude ousada e agressiva. Já revisamos todos nosso procedimentos de segurança, não só nós da Marinha, mas as três forças. Já fizemos reforços, mas tudo que acontece de novo, faz com que nós tomemos outras ações. Vamos estudar procedimentos, e não só nós, mas acho que a Força Aérea e o Exército também vão pensar um pouco mais para melhorar nossa segurança", disse o militar.

Quando questionado se a ação foi obra de uma quadrilha, o vice-almirante disse que ainda é cedo para se falar nisso, e tudo será apurado no inquérito militar que já foi instaurado. "A Polícia Militar e a Civil, assim como demais órgãos de segurança, também participam dessa investigação. As perícias foram feitas minuciosamente, e estamos inclusive com dados do celular de um deles. Mas é prematuro dizer algo sem os dados técnicos", contou o comandante, que disse ainda que acredita que a ação foi planejada pelo trio.

Sobre o militar baleado, o comandante informou que ele ficou ferido no ombro e no tornozelo, com fratura exposta e rompimento de alguns vasos neste ferimento da perna, que foi o mais grave. "Ele passou por uma operação um pouco sensível e estamos acompanhando de perto, também pela parte psicológica, pois eles passaram por um trauma muito grande no momento da ação", disse o oficial. Segundo a Marinha, o fuzileiro foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e encaminhado para atendimento médico no Hospital Naval de Belém. Em seguida, ele foi transferido ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, referência em trauma por arma de fogo. Seu estado de saúde é estável.

Por fim, o vice-almirante Newton disse que a Marinha agirá sempre com os recursos que tem para proteger suas bases e seus militares. "Nossa intenção não é matar ninguém, obviamente, mas numa situação como essa, não tem como dosar uma reação. Vamos estar preparados, como sempre estivemos preparados. Se entrarem numa região militar, é bom que saibam que estamos preparados para nos defender, tanto a nós, como as pessoas que estão em serviço", finalizou.

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