Trabalhador é morto a tiros dentro de lava-jato na travessa 14 de Março

Luiz Paulo Queiroz dos Santos, de 47 anos, foi morto com três tiros na tarde desta terça-feira (04) no bairro da Cremação, em uma área que faz fronteira com Batista Campos, em Belém. O homem foi assassinado dentro de um lava-jato às margens do canal da Travessa 14 de Março, pouco depois de meio-dia, por atiradores que chegaram e fugiram do local de motocicleta. 

Segundo testemunhas, Paulo trabalhava no local, que fica entre a Rua dos Mundurucus e a avenida Conselheiro Furtado, fazendo "bicos", sendo o polidor de veículos do estabelecimento que também funciona como oficina. No começo da tarde, dois homens de motocicleta pararam na frente do lava-jato Soft Car e, da moto, o carona desceu. Paulo, que estava polindo um veículo modelo Fiat Uno, foi surpreendido pelos disparos. Testemunhas contaram que ouviram vários tiros e, em seguida, viram os dois homens fugindo do local em alta velocidade na moto modelo Honda Bros, de cor azul.

A Polícia Civil esteve no local colhendo detalhes sobre o crime, bem como a Polícia Militar, que fez rondas pela região em busca de suspeitos. O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foi ao local para remover o corpo e analisou a cena do crime. Segundo o perito Jadir Ataíde, todos os indícios demonstram que o homem foi vítima de uma execução.

"Ele foi surpreendido por uma arma de grosso calibre. Conseguimos encontrar três estojos de uma pistola .40. À princípio, identificamos três disparos: um que transfixou o braço e atingiu a lateral do pescoço, e um que o atingiu na testa, com ele já caído no chão. Há ainda um terceiro disparo que o atingiu no peito. Ele não teve chances de defesa. A forma como ele foi surpreendido, a arma usada e os locais onde ele foi atingindo, demonstram que foi mais um caso de execução", disse o perito.

Até o momento, não se sabe o que pode ter motivado os assassinos a tirarem a vida de Paulo. Os colegas de trabalho pouco sabiam da vida dele, já que o homem trabalhava esporadicamente no local, trazendo clientes para o estabelecimento ou atuando somente sob demanda, quando acionado pelos donos da oficina para um serviço específico. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.