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Titular da Segup confirma que milícias continuam sendo monitoradas no Pará

Em entrevista nesta quarta para O Liberal, Ualame Machado não comentou a soltura de envolvidos na Chacina do Guamá, mas disse que atividades criminosas seguem sob investigação

Victor Furtado
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Em entrevista exclusiva, cedida na manhã desta quarta (3) à redação integrada de O Liberal, o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Ualame Machado, afirmou que as milícias (ou grupos de extermínio ou paramilitares) em atuação no Pará continuam sendo monitoradas por investigações que contam com serviços de inteligência e acompanhamento. Machado disse isso quando foi solicitado a fazer uma análise da recente soltura de dois dos sete envolvidos na "Chacina do Guamá". A ação criminosa resultou na morte de 11 pessoas e deixou uma ferida, em maio de 2019.

"Há um processo. O caso agora é uma questão jurídica. Não cabe a nós, Segup, exatamente, comentar. Se necessário, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) vai recorrer da decisão", pontuou Ualame Machado. "O que podemos afirmar é que todas as atividades criminosas desses grupos de extermínio ou milícias continuam sendo monitoradas. Vamos acompanhar sempre a atuação desses grupos e pessoas envolvidas", afirmou o secretário. A Promotoria Militar já declarou que há pareceres favoráveis à manutenção das prisões. 

O juiz Edmar Silva Pereira determinou a soltura dos sete envolvidos: Pedro Josimar Nogueira da Silva, o cabo Nogueira; Leonardo Fernandes de Lima, o cabo Leo; Ian Novic Correa Rodrigues, conhecido como "Japa"; Edivaldo dos Santos Santana; Jonatan Albuquerque Marinho, conhecido como "Diel"; e os policiais militares Wellington Oliveira e José Maria da Silva Noronha. Somente estes dois últimos já foram liberados para cumprir prisão domiciliar, pois foram diagnosticados com covid-19.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Pará (Seap) informou que segue analisando os pedidos de soltura de Nogueira, Leo, Ian Novic e Edivaldo, Jonatan, ainda que os alvarás já tenham sido emitidos.

A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) criticou a decisão do juiz Edmar, pois há outros pedidos com a mesma fundamentação que não foram acatados. Para a SDDH, faltavam também outras instruções, como afastamento dos policiais da corporação, proibição de armas e de comunicação com outros envolvidos ou suspeitos.

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