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Policial invade festa de aniversário e mata quatro da mesma família

Soldado se apresentou à polícia, entregou sua arma e alegou legítima defesa

O Liberal

Um policial militar invadiu uma festa de aniversário às 5h da manhã e matou 4 pessoas em Porto Alegre (RS). O crime aconteceu no último dia 13 e teve como vítimas os irmãos Cristian e Cristiano Lucena, o primo deles Alisson Lucena e o sobrinho Alexsander Moraes. Eles foram mortos pelo PM Andersen Zanuni dos Santos, que alegou legítima defesa. O cso foi repercutido pelo portal GBC.

O caso mobiliza advogados de ambas as partes envolvidas e divide opiniões. Ao Departamento de Homicídios de Porto Alegre, o policial teria se desentendido com um grupo de seis pessoas ao entrar em uma residência do bairro Mário Quintana à procura da ex-namorada, com quem pretendia ‘reatar’ o relacionamento. 

Ele teria ido até a casa da ex, mas ela nao estava. Então decidiu procurá-la na casa de uma amiga que mora próximo, mas acabou entrando por engano em uma residência onde acontecia uma festa de aniversário. Lá, teria se  desentendido com um grupo de seis pessoas e, para evitar confronto, decidiu sair mas se viu perseguido. Vendo que estava em desvantagem o policial tentou se esconder em uma pizzaria, e se abrigou em um banheiro onde, segundo ele, foi encurralado pelas vítimas e só atirou porque temia ser morto com a própria arma. Testemunhas ouvidas pela polícia também disseram que o PM gritou várias vezes que era policial e estava armado.

Já a família das vítimas alega que o PM invadiu a residência e agrediu com um tapa uma das mulheres que estava no local. O policial estaria alterado. “A gente estava tomando nossa cerveja, escutando música, quando tu olha pra porta tem uma pessoa estranha que tu nunca viu na sua casa. A gente nunca viu ele”, lembra a viúva de Cristian.

Ela contou à polícia que os quatro homens foram tirar satisfação com Andersen, que se afastou e correu até uma pizzaria que ainda funcionava naquele horário. Imagens de câmeras de segurança mostram o policial encurralado pelos homens nos fundos do estabelecimento. Após alguns segundos, ele saca a arma e mata todos eles. 

“Quando ele atirou no primeiro, que foi o sobrinho do meu esposo, o meu esposo pediu pra ele se acalmar, que não precisava daquilo. E ele a sangue frio apontou a arma e atirou no meu esposo e meu esposo caiu no chão”, contou a viúva de Cristian. Eles [vítimas] nunca tiveram problema com a polícia. A gente jamais iria fazer o que ele fez, que foi matar a sangue frio”, desabafou.

Ismal Schmitt, advogado das vítimas, diz que Cristian tentou conter os outros três, impedindo que eles entrassem no banheiro onde estava o PM. Mas um dos homens avançou e abriu a porta do banheiro, sendo baleado. Cristian ainda teria pedido que o PM lhe deixasse socorrer o parente, mas o agressor continuou atirando e acertou disparos fatais na cabeça das vítimas.

O policial militar, lotado no 20° BPM, foi ouvido na terça-feira e em seguida foi liberado. A equipe do titular da 5ª DPHPP aguarda os laudos periciais, analisa imagens do vídeo da câmera de monitoramento da pizzaria e busca colher os depoimentos de quem estava na festa, entre outras diligências dentro da investigação. A família das vitimas pede por justiça.

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