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Paraenses presos em Portugal: três meses após prisão, PM continua recebendo salário de R$ 13 mil

A Promotoria Militar do MPPA confirma que a abertura do processo de expulsão foi feita à Corregedoria da PM e segue em andamento. No entanto, o caso corre em sigilo

O Liberal
fonte

Mesmo após três meses preso em Portugal, um dos suspeitos de participar de um esquema de tráfico internacional de drogas, o tenente da Polícia Militar do Pará (PMPA) Aderaldo Pereira de Freitas Neto, conhecido como tenente Freitas, segue ligado à corporação e recebendo salário normalmente. De acordo com dados do Portal da Transparência, o salário base do suspeito chega a quase R$ 13 mil.

O promotor de Justiça Militar Armando Brasil informou, na manhã desta sexta-feira (23), que o salário do militar, na situação de preso, não deveria mais ser pago e que um pedido de suspensão desse pagamento já foi feito pela promotoria.

"Eu pedi para suspender o pagamento, eu vou entrar em contato com a Corregedoria para entender porquê ele continua recebendo. Vou entrar com um ofício. Vou falar com a Corregedoria ainda hoje", disse o promotor.

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Mercadoria foi apreendida dentro de uma carga de açaí. Aderaldo Pereira de Freitas Neto é tenente da Polícia Militar e formado em Direito

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Aderaldo Pereira de Freitas Neto é suspeito de participar de um esquema de tráfico internacional de drogas

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Operação "Norte Tropical", da Polícia Judiciária de Portugal, foi iniciada nesta semana. Dupla presa teria ligação com um esquema liderado pelo maior traficante português, conhecido como "Xuxas"

Além disso, o tenente Freitas também já poderia ter sido expulso da corporação. Entretanto, Armando Brasil explica que a Corregedoria da Polícia Militar deu explicações que justificariam o fato de o militar ainda não ter sido expulso, sem dar mais informações por conta do sigilo do processo.

"Eu requisitei abertura de processo para expulsão, mas ele não foi expulso ainda. Eu conversei com o corregedor da PM e ele me deu explicações sobre o porquê de ele não ter sido expulso ainda. Mas eu não posso falar nada do que ele me disse. O processo está em sigilo", diz Armando Brasil.

A Polícia Militar do Pará foi acionada para prestar esclarecimentos sobre a situação de Aderaldo. Por meio de nota, a PM respondeu apenas o seguinte: "A Corregedoria da Polícia Militar do Pará está atuando dentro de suas atribuições legais, tendo em vista o sigilo do processo". A Redação Integrada de O Liberal também tenta contato com a defesa do policial.

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O tenente Aderaldo Pereira de Freitas Neto, da PM do Pará, o empresário Marco Antônio Faria Júnior, que tem negócios em Barcarena, foram presos em junho num esquema que pode estar ligado a operações do "Escobar Brasileiro"

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O empresário, de Barcarena, foi detido junto com o tenente da Polícia Militar Aderaldo Pereira de Freitas Neto, no âmbito da Operação "Norte Tropical"

Relembre o caso

O tenente Aderaldo Pereira de Freitas Neto é um dos paraenses presos em Portugal por participar de um esquema de tráfico internacional de drogas. Além dele, outro paraense, o empresário Marco Antônio Faria Júnior, de Barcarena, também foi detido em Lisboa, capital portuguesa, durante a operação "Norte Tropical". As informações foram confirmadas com fontes da Polícia Judiciária de Portugal.

Ambos seguem presos por suspeita de tráfico de drogas, no Estabelecimento Prisional de Caxias (EP Caxias), que fica nos arredores de Lisboa. O complexo prisional é de alta segurança e atualmente mantém cerca de 400 presos.

Por nota, previamente divulgada sobre o caso, a Polícia Judiciária de Portugal informou que há "...fortes suspeitas de (os dois presos) integrarem uma organização criminosa que se dedica à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu". Outras pessoas ainda são investigadas.

Os dois foram presos no final de junho deste ano, sob a suspeita de participar de esquema de tráfico internacional de drogas. O carregamento ilegal de cocaína estaria escondido em cargas de açaí e teria saído do porto de Vila do Conde, em Barcarena.

A dupla, como aponta a Polícia Judiciária de Portugal, faria parte de um esquema maior comandado por Ruben Oliveira, conhecido como “Xuxas” – tido como o maior traficante português –, e por Sérgio Carvalho – o “Major Carvalho”, também chamado de “Escobar brasileiro”. Ambos também já foram presos em outras grandes operações contra o tráfico internacional de drogas. 

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