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Operação da Polícia Federal cumpre mandados no Pará e mais sete estados

Organização criminosa fraudava licitações de produtos e serviços para enfrentamento da pandemia de covid-19

Victor Furtado
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a operação "Virion". É uma investigação contra uma organização criminosa, que fraudava licitações de produtos e serviços para o enfrentamento da pandemia de covid-19. Os crimes ocorreram em Roraima, mas há mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Pará, no Amazonas, na Bahia, em Goiás, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Distrito Federal.

No Pará, são quatro mandados sendo cumpridos, na casa de empresários da Região Metropolitana de Belém. As contratações suspeitas de irregularidades podem ter causado R$ 50 milhões em prejuízos aos cofres públicos. Esse valor deveria ser utilizado na aquisição de insumos médico-hospitalares básicos, respiradores, testes rápidos, material informativo impresso e leitos em hospitais particulares, como informa a PF, em nota.

Pelo inquérito policial, um ex-secretário de saúde de Roraima, enquanto estava no cargo, teria se articulado com um deputado estadual e direcionado contratações para empresas integrantes do esquema, inclusive promovendo o rateio de percentuais de quanto seria direcionado a quais empresas. A PF não divulga nomes dos investigados.

O parlamentar solicitava a servidores que dessem andamento aos processos e pagamentos que eram do interesse dele e dos demais envolvidos do esquema. Ele cobrava pagamentos antecipados que seriam destinados às empresas do esquema. Um outro ex-deputado estadual também atuaria na organização.

As investigações, informa a PF em nota, sugerem que a organização criminosa se aproveitaria da possibilidade de contratações diretas, em razão da pandemia, para facilitar os crimes. Os procedimentos não seguiam ordem cronológica, de forma que processos mais antigos seriam ignorados em favor dos dos interesses do grupo criminoso. Todo o trâmite dos processos era concentrado em um único setor da Secretaria de Saúde, sem qualquer transparência ou publicações.

A Controladoria-Geral da União, que tem auxiliado as investigações da PF, identificou diversos indícios da prática de sobrepreço e de irregularidades nas contratações e nos pagamentos. Além disso, também foi verificada, pela CGU, uma falta de transparência na execução dos recursos federais destinados a Roraima, o que dificulta a própria fiscalização dos gastos.

Mais de 150 policiais federais, com apoio de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), cumprem ao todo 36 mandados. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, após representação da PF e manifestação favorável da Procuradoria Regional da República. O nome da operação faz referência ao estágio do vírus no qual ele se encontra em sua forma infectiva.

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