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Mulher é agredida ao ser confundida com 'sequestradora da seringa' no bairro do Aurá

Mulher era uma servidora pública que estava atendendo crianças em uma creche

Caio Oliveira
fonte

O medo que vem tomando conta de pais na Grande Belém, após relatos de uma mulher tentar sequestrar crianças usando uma seringa, ganhou novas proporções com uma tentativa de linchamento na manhã desta sexta-feira (24). Uma mulher, que é funcionária pública, foi confundida com a "sequestradora da seringa" e precisou de intervenção da Polícia Militar para não ser agredida.

Segundo informações do 30º Batalhão de Polícia Militar (BPM), cujos agentes participaram diretamente da ação, no fim da manhã, eles foram acionados para atender a uma ocorrência no Conjunto Carlos Marighella, onde populares teriam detido a suposta sequestradora. No relato dos moradores, um carro prata parou perto de uma creche, e seus ocupantes tinham como objetivo sequestrar uma criança.

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Chegando no local, os policiais constataram que a mulher havia sido encurralada pela população revoltada, junto com o motorista que a acompanhava. Depois de conseguirem tirá-la das mãos dos populares, a mulher se identificou como Márcia da Silva Sousa, servidora pública municipal, a serviço da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Trabalho - SEMCAT. Ela estava no local fazendo visitas para crianças e suas famílias, atendidas pela prefeitura.

"Ela ligou pra cá, desesperada, chorando muito mesmo. Ela tá até agora morrendo de medo, pois ainda tiraram foto dela", disse uma colega de trabalho de Márcia, que não quis se identificar. Além de agredirem a mulher, os populares ainda agrediram o motorista que a acompanhava, quebrando o celular do homem, e danificaram o carro da prefeitura.

Os PMs então conduziram todos os envolvidos para a Delegacia do Aurá, onde os fatos foram esclarecidos e a mulher agredida foi atendida.

Secretaria municipal pede 'cautela' à população


Em nota publicada no início da tarde, a Secretaria de Cidadania, Assistência Social e Trabalho de Ananindeua (Semcat) confirmou que dois funcionários da secretaria "foram confundidos com sequestradores de crianças, no bairro do Aurá" nessa sexta-feira. "Os funcionários, um motorista e uma colaboradora do Programa Criança Feliz, que regularmente fazem visitas as casas dos usuários do serviço, sofreram agressões e intimidações por parte da população".

Segundo a Prefeitura Municipal de Ananideua, após a situação estabelecida, os dois servidores foram para a Seccional do Aurá, onde, juntamente com os advogados da Semcat, onde esclareceram as atividades que desempenham. Eles foram, de pronto, "liberados pelas autoridades policiais por não terem nenhum vínculo com os casos já divulgados pela mídia".

A secretaria municipal expressou grande preocupação com o episódio, e comentou: "A população precisa sim, tomar todos os cuidados com as crianças, mas principalmente ter cautela com acusações e divulgação de informações inverídicas. A Semcat está a disposição para qualquer outro esclarecimento".

Polícia Civil orienta sobre o caso


Nessa sexta-feira, a Polícia Civil também voltou a alertar a população sobre os riscos de divulgar, nas redes sociais, boatos sobre o caso da mulher suspeita de sequestrar três crianças nos bairros do Marco, Barreiro e Cidade Nova, na última sexta-feira (17). 

“Uma vítima nos procurou e foi feito um retrato falado da suspeita do crime. Se alguém notar a semelhança de uma pessoa com a imagem ou desconfiar da circulação de determinado carro, o que pedimos é que sejam anotadas informações como cor, tipo e placa do veículo e as características físicas dos ocupantes. E aí é preciso levar essas informações para a delegacia mais próxima, porque elas serão repassadas para a equipe responsável pela investigação”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira. Ele pediu calma à população.

Quaisquer informações que possam ajudar na elucidação de crimes, podem e devem ser repassadas às autoridades policiais pelo Disque-Denúncia (181) ou junto ao Centro Integrado de Operações (190). Não é necessário se identificar e a ligação é gratuita. A redação integrada de O Liberal também recebe a qualquer momento denúncias e informações de ocorrências em texto, áudio, fotos e vídeo pelo WhatsApp: basta contactar no número (91) 98439-8833. A ligação é gratuita.

 

 

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