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Moradores do Guamá organizam Caminhada pela Paz

Ação, em parceria com entidades da sociedade civil, será realizada no próximo domingo e percorrerá ruas do bairro

Cleide Magalhães
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O assassinato de 11 pessoas dentro de um bar na Passagem Jambu, no bairro do Guamá, em Belém, na tarde do último domingo (19), chocou, principalmente, a população do bairro e áreas adjacentes. Para pedir paz e providências à violência na cidade, diversas entidades da sociedade civil organizada e moradores do bairro do Guamá realizam uma Caminhada pela Paz “contra o extermínio da Juventude”. A ação será realizada no próximo domingo (26), com concentração às 8h, na entrada da comunidade do Riacho Doce, em frente ao segundo portão da Universidade Federal do Pará, no bairro do Guamá. A caminhada vai percorrer diversas ruas do bairro e áreas adjacentes.

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Segundo Eliana Fonseca, membro da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), que é uma das entidades que colabora com a organização do evento, a iniciativa ganhou força após a chacina ocorrida no último domingo (19) no bairro.

“A caminhada é uma forma de mostrarmos nossa preocupação e chamarmos atenção da sociedade para essas formas de violência que têm ocorrido contra o cidadão da comunidade, aos agentes de segurança pública e outras vítimas, em especial a nossa juventude e as mulheres. A caminhada é da paz e vem trazendo as vozes, as falas, as dores e sentimento de todo uma comunidade, de todo um bairro, uma região do entorno do Guamá, Terra Firme, Condor e diversos outros bairros da Grande Belém”, destacou Fonseca.

Ainda segundo ela, essa situação ocorrida recentemente no Guamá foi uma das mais graves já vistas pela entidade, que tem acompanhado vários casos de mortes em série e em grupos, pelo menos nos últimos dez anos.

“Esse é o caso que a gente consegue fazer a leitura dos fatos ocorridos no sentido de ser muito grave. Há dez anos, a SDDH vem acompanhando outros fatos como esse em que já tiveram várias mortes até de 11 pessoas, mas os modos operandi foram diferentes. Agora, na medida em que avançou essa violência, a gente vê que foi muito mais grave o ocorrido no último dia 19, pois foi em um só local, com modo operandi diferente. Isso é muito forte, muito sério, chama atenção da população que fica com muito medo. Ficamos muito preocupados com o que vem ocorrendo nessa última década com mortes em série e em grupos. Precisamos nos unir e fazer um grito de busca de paz, contra a violência e contra esses crimes”, afirmou a representante da SDDH.

Ainda segundo ela, a caminhada será um dos primeiros passos. Em outro momento, será pensado o chamamento do poder público para uma audiência com a sociedade. “Mas a sociedade civil que tem que ser protagonista dessa audiência, ser ouvida e o poder público colocar em prática todas as formas de políticas públicas, em especial de segurança pública, para a Grande Belém e o Pará, porque esses tipos de violações que ocorrem não são localizados, mas são muito mais amplas”, frisou Eliana Fonseca.  

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