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Médico que espancou esposa em Parauapebas tem fiança arbitrada por juíza

Advogado do agressor entrou na Justiça nesta terça-feira (30), solicitando a liberdade de seu cliente

Com informações do portal Pebinha de Açúcar

Foi preso na última segunda-feira (29) o médico Vinícius Rodrigues Melo Ávila, diretor-técnico do Hospital Geral de Parauapebas (HGP). Ele é acusado de ter agredido violentamente a esposa, além de tê-la submetido à tortura psicológica por horas. Após a agressão, segundo informações repassadas à polícia por uma testemunha, ele ainda passou a circular pela cidade armado e transtornado. Com o auxílio de câmeras de videomonitoramento, uma guarnição da Polícia Militar conseguiu localizar o acusado na rodovia PA-160, quando ele tentava se deslocar para Canaã dos Carajás.

Segundo a delegada Ana Carolina, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), a esposa foi encontrada muito machucada, abalada e amedrontada. Em depoimento, ela disse que começou a ser agredida por volta das 22h, quando estava na companhia do marido dentro do carro dele. Além de espancá-la, ele ainda teria a ameaçado com arma de fogo e passado horas rodando com ela pela cidade a fim de impor tortura psicológica.

À Polícia Civil, Vinícius Ávila confessou a posse de armas de fogo e admitiu que rodou a cidade com a esposa na tentativa de que ela revelasse a veracidade de uma história. Também admitiu as agressões e alegou que, na condição de médico e diante do fato de estar atuando na linha de frente do combate à covid, nada justificava os atos violentos cometidos contra a esposa.

Ele foi autuado pelos crimes de lesão corporal, tortura psicológica e ameaça no ambiente doméstico e familiar, e transferido para o presídio estadual. Mas, ironicamente, ao tomar conhecimento do fato, a esposa revelou a uma emissora de rádio que foi ela que começou as agressões contra o médico, e ainda desmentiu a violência sofrida alegando que ele seria "uma pessoa idônea na cidade e não esse tipo de pessoa que pensam".

Em conversa com uma amiga pelo celular, ela chegou a dizer que tudo que estava saindo na imprensa sobre o caso não passav de "sensacionalismo" para prejudicar o seu marido. “Tivemos uma briga de casal, uma discussão feia, e, exaltada, fui à delegacia, mas estou super bem. O que foi postado em site e estão comentando em grupo é totalmente mentira. Isso é pra dar ibope. Vinicius jamais faria isso. Convivo com ele há 15 anos, e ele sempre foi uma pessoa maravilhosa. Um ótimo marido. Um ótimo pai. Briga de casal acontece, mas espancamento é mentira. Só estão querendo denegrir a imagem dele”.

A mudança brusca de comportamento da vítima causou estranheza na titular da DEAM. “Após essas fases de agressão, onde elas [vítimas] rompem com o silêncio e pedem ajuda para a polícia, geralmente elas não têm amparo da família, não têm amparo das amigas, não têm amparo da nossa sociedade, que é extremamente machista e patriarcal", argumentou a delegada.

Para a delegada, ela provavelmente estaria sob pressão psicológica. "Até eu estou sofrendo essa pressão. Se fosse um agressor pobre não teria problema ele ser preso, mas como é um agressor rico, um médico, as pessoas tendem a valorizar mais a posição social do que o ato que ele cometeu. Provavelmente, ela sofreu muita pressão externa e agora queira se culpar de ter sofrido a agressão”, disse Ana Carolina.

Procurado para falar sobre o assunto, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Parauapebas informou que “tendo em vista tratar-se de uma questão pessoal envolvendo o médico, o município não emitirá nota neste primeiro momento”.

Na última terça-feira, o advogado do médico entrou na Justiça solicitando a liberdade de seu cliente. A magistrada Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, ela arbitrou vinte salários mínimos de fiança, nos termos do art. 325, inciso II do Código Penal, e várias medidas protetivas, entre elas a suspensão de porte de arma do médico; afastamento imediato da casa onde residia com a esposa e a manutenção de uma distância mínima de duzentos metros da vítima. O acusado tamb[em está proibido de se aproximar do local de trabalho da mulher e de manter contato com ela e com seus familiares.

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