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Jurados absolvem acusado de atear fogo na companheira

Vítima sobreviveu e depôs inocentando o companheiro

Redação Integrada (com informações do TJPA)

Jurados do 1º Tribunal do Júri do Belém, Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), votaram pela absolvição do motorista de van Jeferson Jean Santana Alves, acusado de atear fogo na companheira.  

A decisão deles, nesta sexta-feira (16), se baseou no entendimento do defensor público do júri, Domingos Lopes Pereira, que considerou o depoimento da vítima, inocentando o réu, e o fato deste já ter passado dois anos e um mês preso, tempo em que teria cumprido parte de sentença condenatória por lesão corporal grave. O defensor deixou a decisão para os jurados do TJPA, presido pelo juiz Edmar Pereira.

O promotor de justiça José Rui de Almeida Barbosa sustentou a tese de desclassificação do crime de tentativa de homicídio, com base nas declarações da vítima, para lesão corporal de natureza grave.  

Para a promotoria, que declarou “manejar recurso da decisão dos jurados, por ser manifestadamente contraria à prova dos autos”, não caberia a absolvição do réu, por ser competência do juízo da execução penal, aplicar a progressão de pena.   

 

Versão da vítima

A vítima compareceu ao júri e disse que estava só com o companheiro. Ela relatou que a desavença entre o casal começou quando visualizou mensagem íntima de outra mulher no celular dele, e resolveu quebrar o aparelho.

Enfurecido, Jeferson pegou um frasco de álcool e tentou atear fogo no corpo dela. Ela ainda lutou para puxar o frasco das mãos do réu, mas só conseguiu derramar um pouco de álcool nele também. Jeferson alcançou uma caixa de fósforo, que a mulher também tentou arrancar de suas mãos, mas ele acendeu o palito e ateou fogo no corpo da vítima.  

Socorrida por populares, ela foi levada para o hospital de emergência. Teve queimaduras de segundo grau em 70% do corpo. Atualmente, a vítima faz curso nível superior e procedimentos médicos para se livrar das sequelas das queimaduras. 

 

Versão do réu

Em interrogatório, o réu contou que a foi a mulher que começou a brigar. Ela queria atear fogo nele, alegou. No momento em que conseguiu tomar-lhe o frasco de álcool, o líquido teria espirrado no seu corpo.

Ele disse que ficou atordoado e em choque por causa do ocorrido, e tentou fugir do local, mas foi preso em flagrante.  

Na ocasião da prisão, o acusado confessou o crime e alegou que os fatos ocorreram após a vítima ter recebido mensagens, segundo ele, "comprometedoras", no aplicativo do celular dela. 

O crime ocorreu no começo da madrugada do dia 12 de setembro de 2018, na casa do casal, no bairro São João de Outeiro, Região Metropolitana de Belém. 

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