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Homem morre atropelado por ônibus no bairro do Marco

Na tentativa de escapar de uma pedrada, Edson correu para a pista, sem perceber o ônibus da linha Pedreira-Nazaré

Caio Oliveira

Edson foi o único nome usado para identificar o homem em situação de rua que morreu atropelado na manhã desta segunda-feira (08) no bairro do Marco, em Belém. Segundo testemunhas, ele estava tentando fugir das agressões de um outro morador de rua, que vinha o perseguindo pela travessa Angustura desde a Romulo Maiorana, em direção à avenida Almirante Barroso. Na tentativa de escapar de uma pedrada, Edson correu para a pista, sem perceber o ônibus da linha Pedreira-Nazaré que o atingiu, matando-o quase instantaneamente.

O impacto na batida foi tão forte que a parte frontal do coletivo ficou destruída. A única pessoa que chorava a morte prematura de Edson era sua companheira, Safira, outra pessoa que enfrenta a difícil realidade de não ter onde morar e dividia os amargores da vida com a vítima. "Foi aquele outro lá, que disse que ele tinha roubado umas televisões. Ele não fez isso, meu marido não fez isso, mas ele tinha inveja de nós, porque nós tinha nossas coisas e ele não", disse a mulher, muito abalada, acusando um outro homem de ter contribuído para a morte de Edson.

Assim como sua companheira, Edson era dependente químico, e era conhecido na região do Marco por ficar pelas ruas atrás de pequenos serviços e pedindo comida e dinheiro de porta em porta. A colisão com o ônibus por volta de 7h25, quando muitas pessoas seguiam dentro do coletivo em direção ao trabalho ou para começar mais um dia de estudos, como foi o caso da estudante de fisioterapia Liliane Janaína, de 23 anos, que disse ainda tentou socorrer o homem. "Eu fiz vários cursos de primeiros-socorros, mas ele já estava sangrando pelos ouvidos e sem respiração", disse a universitária.


O motorista do ônibus ficou no local e falou com as autoridades, enquanto todos os outros passageiros seguiram viagem em outros coletivos da mesma linha - com exceção de Liliane, que quis acompanhar o desdobramento do caso. A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) ajudou a coordenar o tráfego e não houve congestionamentos por causa do acidente. Com a chegada do Centro de Perícias Renato Chaves, o corpo de Edson foi removido e, até o final da manhã, seguia sem identificação formal no necrotério, e apenas Safira chorava a memória de mais um cidadão sem nome. 

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