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Familiares pedem por expulsão de PM suspeito de matar professora trans em Manaus

Polícia acredita que crime pode ter tido motivação transfóbica

Com informações do portal A Crítica

Familiares e amigos da professora e atriz Manuella Otto, assassinada com dois tiros no último sábado (13), em um motel de Manaus (AM), fizeram uma manifestação na frente da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na manhã desta sexta-feira (19). Eles pediam por justiça e também reivindicaram a expulsão do policial militar Jeremias da Costa Silva, 27, principal suspeito do crime.

O acusado, que é lotado na 12ª Companhia INterativa Comunitária (Cicom), se entregou à polícia na noite de ontem (18), após a expedição do pedido de prisão preventiva pela Justiça. Ele já havia se apresentado na delegacia no dia 15, mas foi liberado pela ausência do mandado de prisão e porque já havia expirado o tempo do flagrante.

image Familiares de Manuella Otto fizeram manifestação em frete à sede da DEHS (Reprodução / Jander Robsom / Portal do Holanda)

O crime aconteceu em um motel no bairro Monte das Oliveiras, zona norte de Manaus. Na madrugada do sábado, o carro de Jeremias foi flagrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento. Por volta de 1h34, ele deixa um dos apartamentos e tenta sair, mas encontra o portão fechado, medida tomada pela funcionária do local após ter ouvido o disparo de uma arma de fogo. Jeremias então desce do veículo e passa a fazer ameaças à funcionária. Logo depois, volta para o carro, dá a marcha ré e arranca, derrubando o portão.

image A polícia levantou a hipótese de um relacionamento passado entre Jeremias e Manuella, mas nada nesse sentido foi comprovado. (Reprodução)

 De acordo com o delegado Charles Araújo, que preside o caso, a Justiça só expediu a ordem de prisão do PM na quarta-feira. Desde então equipes da corporação vinham fazendo buscas tanto em Manaus como no interior, sem conseguir encontrá-lo: “Visitamos vários endereços onde ele poderia ser localizado, mas não tivemos êxito. Em conversas com os advogados conseguimos fazer com que ele se apresentasse.”

Foi a tatuagem que Jeremias tem em um dos braços que levou a polícia a apontá-lo como o principal suspeito do crime. Na tentativa de fugir do motel ele amarrou uma camisa no rosto para evitar a identificação, mas a tatuagem ficou exposta. Durante o interrogatório o acusado se negou a mostrá-la. No entanto, a equipe da DEHS conseguiu ter acesso a fotos de Jeremias sem camisa durante lazer em uma praia.

Outras provas colhidas na residência dele também foram adicionadas ao processo. Ao se apresentar à autoridade policial, ele se manteve em silêncio sobre o crime, como da primeira vez, e disse que só falará diante do juiz. Na tarde de hoje passou por nova audiência de custódia.

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