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Vídeo: Família de motorista morto em tiroteio no Guamá quer apuração do caso

Confronto entre policiais civis e suspeitos que fizeram dois reféns terminou com três mortos na tarde de quinta-feira (1º)

Celso Freire e Ana Carolina Matos

Familiares e amigos do motorista de aplicativo, João Batista, que foi morto durante o confronto entre policiais civis e três suspeitos, na tarde desta última quinta-feira (1º), no bairro do Guamá, em Belém, pedem justiça. Eles acreditam que houve imprudência por parte da Polícia Civil na condução da ação policial, que resultou na morte de três pessoas: dois suspeitos e um refém. 

João Batista e um passageiro foram feitos reféns por três homens. O veículo foi interceptado por agentes civis na travessa Redenção, onde foi crivado de balas durante uma troca de tiros com os policiais. Após o confronto, três pessoas morreram e um policial civil foi baleado na mão. O passageiro foi baleado no rosto, mas não corre risco de morte. Todos foram socorridos e encaminhados ao Hospital e Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, da travessa 14 de Março.

Cunhado da vítima, Elias Oliveira acredita que ação foi desastrosa. "Meu cunhado estava trabalhando. Ele foi abordado pelos bandidos e o fizeram como refém. Vejo que eles (policiais) agiram de forma imprudente. Eles sabiam que tinha refém lá. Só que atiraram no carro sem pensar quem estava lá", disse, que esteve no Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo do cunhado.

Segundo ele, João Batista era pai de família e cristão. "Ele se congregava na Igreja Assembleia de Deus. Ele sempre estava nos eventos e nunca cobrava para tocar nas igrejas e nunca cobrava para ensinar as pessoas algum tipo de instrumento", conta.

O familiar revela ainda a dificuldade que enfrentou na unidade hospitalar. "Ele ainda foi reconhecido como bandido no hospital e não queiram assinar o documento de liberação. Isso é inadmissível", enfatizou.

Suspeitos vinham sendo monitorados pela Polícia Civil

Em entrevista à reportagem, o delegado Cláudio Galeno, titular da Divisão de Homicídios (DH), conta que os suspeitos vinham sendo monitorados e tinham como objetivo matar o dono de um mercadinho. "A ideia era preservar a vida de quem seria assassinado. As equipes não viram ninguém dentro do carro. Eles correram pra dentro do veículo e continuaram atirando. Os cinco integrantes do carro foram baleados", relatou.

Os três homens, que não tiveram a identidade informada pelas autoridades policiais, também são acusados de participação em dois crimes de grande repercussão.

image Incontáveis projéteis indicam momentos de tensão no Guamá (Ivan Duarte/ O Liberal)

O primeiro foi um duplo homicídio próximo dali, na passagem Jambu, no bairro do Guamá, no último dia 21 de março. O outro foi o assassinato de um eletricista que prestava serviço ao Sistema Penitenciário, no bairro da Cremação, na última terça-feira (30).

Procurada pela redação integrada de O Liberal para comentar as críticas da família do motorista João Batista sobre os fatos ocorridos, bem como para atualizar à opinião pública a situação atual da apuração do episódio, a Divisão de Homicídios da Polícia Civil limitou-se a dizer, em nota, que "o caso segue em investigação", e que "qualquer afirmação, neste momento, pode ser prematura e equivocada".

Também procurada para detalhar os fatos ocorridos, a Polícia Militar do Pará disse apenas que "a ocorrência foi atendida pela Polícia Civil", e também não comentou a reação da família e sua afirmação de que teria havido falhas nas ações policiais.

A reportagem também procurou a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SEGUP), que também ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Um inquérito foi instaurado para apurar o caso.

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