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Dois PMs do Pará são expulsos da Força Nacional após matarem mecânico a tiros em Roraima

Além deles, um PM do Rio de Janeiro e um cabo do Exército também foram desligados por conta do crime

Redação Integrada
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Dois policiais militares do Pará foram expulsos da Força Nacional de Segurança Pública por suspeita de executar o mecânico Marcelo Menezes da Silva, de 29 anos, em Boa Vista (RR), em dezembro do ano passado. O desligamento do tenente Renato da Silva Rodrigues e do cabo Bruno do Vale Pacheco foi informado pelo Ministério da Justiça no último dia 8. Além deles, também foram expulsos o policial militar do Rio de Janeiro Leandro Queiroz de Paulo Souza e o cabo do Exército William da Silva Soares. Os militares do Pará seguem presos em Roraima.

Os quatro agentes foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público de Roraima (MPRR). A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri acusou os quatro de matarem Marcelo Menezes da Silva e "fraudarem a veracidade dos fatos". "Tão logo teve conhecimento do fato, a diretoria da Força Nacional de Segurança Pública abriu um procedimento apuratório de conduta que resultou, no fim do mês de março, na desmobilização dos militares. Ou seja, eles retornaram para a corporação de seus estados e não fazem mais parte do efetivo da FNSP", informou o Ministério da Justiça ao site G1 Roraima.

As investigações apontaram que após atirar contra o mecânico pela primeira vez na rua Leôncio Barbosa, no bairro Tancredo Neves, zona oeste da cidade, os dois policiais, que estavam de folga e à paisana, chamaram outros dois que estavam em serviço. Na sequência, os policiais levaram o mecânico ainda vivo em uma viatura, foram até um local afastado e o executaram com tiros à queima-roupa. Só depois disso é que eles levaram o corpo da vítima para o Hospital Geral de Roraima. O crime aconteceu em 23 de dezembro de 2018.

Na delegacia, os agentes mentiram no depoimento prestado, como apontam as investigações. Dois deles relataram ter sido assaltados pela vítima, que estaria na companhia de um comparsa, mas o homem que seria o segundo suspeito não aparece nas imagens de uma câmera de segurança no local do crime. O mecânico carregava uma espingarda calibre .36, usada para caça esportiva.

Ainda no depoimento, os PMs paraenses afirmaram que chamaram os dois agentes que estavam em serviço, socorreram o mecânico e o levaram direto para o Hospital Geral de Roraima, onde teria sido constatada a sua morte. O Ministério Público constatou, por meio de imagens das câmeras de segurança de uma escola, que a versão dos policiais não era verdadeira, pois ficou comprovado que houve perseguição à vítima e ainda, não havia duas pessoas na motocicleta. Em fevereiro, os quatro policiais foram presos por ordem da Justiça. 

Na denúncia, Leandro e Wiliam foram acusados de tentativa de homicídio, emboscada como recurso que dificultou a defesa da vítima, falsificação de declaração com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante e fraude processual.

Já para Bruno Vale Pacheco e Renato da Silva Rodrigues, que cumprem prisão preventiva, a acusação do Ministério Público é por homicídio qualificado mediante emboscada, assegurar a impunidade de outro crime, falsificação de declaração com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante e fraude processual. William e Leandro fizeram delação premiada e voltaram ao Rio de Janeiro, onde respondem ao processo em liberdade.

A Redação Integrada de O LIBERAL entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Polícia Militar do Pará, que ficou de dar um posicionamento sobre o caso. 

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