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Diego Sá da Silva, preso no Paraguai, chega em Belém

Ele foi indiciado como mentor intelectual do crime da sua ex-companheira, em Santa Izabel

Redação Integrada

Chegou neste sábado (8) em Belém, o preso Diego Sá Guimarães da Silva, indiciado em inquérito policial como mandante do assassinato da ex-companheira Kalícia Drienne dos Santos Almeida, crime ocorrido em 18 de setembro, em Santa Izabel do Pará, nordeste do Estado. O desembarque ocorreu no final da manhã no Aeroporto de Val-de-Cans. O preso foi conduzido por uma equipe de policiais civis comandados pelo delegado Alexandre Lopes desde Foz do Iguaçu no Paraná.

Na chegada a Belém, o delegado informou que o preso será levado para passar por perícia no CPC Renato Chaves e depois levado à Santa Izabel do Pará, onde Diego ficará preso à disposição da Justiça. Ele ainda será interrogado. Diego foi preso em Ciudad Del Leste, no Paraguai, no último dia 9 de novembro, pela Polícia Paraguaia. Após ter seus dados confirmados, o preso foi transferido para Foz do Iguaçu, no Paraná, onde aguardava o recambiamento ao Pará. A equipe de policiais civis de Santa Izabel do Pará viajou ao Paraná na quarta-feira para transferir o preso de volta ao território paraense.

CRIME

As investigações do crime foram coordenadas pelo diretor da Seccional de Santa Izabel do Pará, Alexandre Lopes. No dia do crime, foi preso em flagrante, Rodolfo de Oliveira Monteiro, acusado de participar efetivamente no feminicídio - assassinato de mulher em função de sua condição feminina. Na ocasião do crime, Kalícia estava em um carro junto com Jeferson Pereira Reis, trafegando à altura do Km 06, da rodovia PA 140, que liga Santa Izabel do Pará ao município de Santo Antônio do Tauá. Foi quando outro carro se aproximou e de dentro do veículo foram feitos os disparos nas duas vítimas. Kalícia morreu na hora e Jeferson foi socorrido com vida até o Hospital Municipal e sobreviveu.

Após tomar conhecimento do delito, policiais civis foram ao local do crime. A investigação preliminar, após analisar câmeras de monitoramento perto do local onde a vítima estava residindo, verificou um veículo em atitude suspeita passando próximo ao local algumas vezes. As investigações mostraram que o carro chegou a parar no local sem que ninguém desembarcasse. O carro tinha características semelhantes ao veículo usado pelo criminoso, segundo o sobrevivente. Diante do fato, a equipe policial checou e constatou que se tratava de um carro alugado em Belém.

O delegado Alexandre Lopes e a investigadora Samara Silva, chefe de operações da Seccional de Santa Izabel do Pará, saíram em deslocamento até a empresa responsável pelo aluguel para solicitar os dados do veículo. Foi então que os policiais civis constataram que o carro foi locado por Diego Sá Guimarães da Silva, identificado em seguida como ex-companheiro de Kalícia.

A partir desse fato e com a colaboração da empresa, os policiais tiveram acesso à movimentação do veículo que é rastreado por GPS, onde foi possível, explica o delegado, ver a dinâmica do crime e verificar os locais por onde o carro passou até o momento do crime. Como o veículo era rastreado, obtivemos o monitoramento em tempo real do veículo e assim foram realizadas buscas até que o carro foi localizado no bairro de Canudos, em Belém, em um ponto de lava-jato, mas o suspeito não foi avistado nesse dia. Os policiais aguardaram a pessoa responsável pelo carro sair do local para fazer a abordagem. O carro era dirigido por Rodolfo de Oliveira Monteiro. Ele foi detido e levado inicialmente à Divisão de Homicídios, em Belém, onde foi interrogado e confessou a participação no crime. Em depoimento, ele delatou Diego como mandante do crime.

DEPOIMENTO

Em seu depoimento, o preso informou que foi contratado para dirigir o veículo até Santa Izabel do Pará, para, segundo ele, "dar um susto em uma pessoa", a qual Rodolfo alegou não saber informar quem seria. Ele afirma que ficou monitorando a vítima na manhã seguinte, até o momento em que ela na companhia de Jeferson saíram rumo ao município de Santo Antônio do Tauá. Foi quando ele fez a interceptação do veículo e efetuou os disparos.

Após o cometimento do crime, ele afirma que retornou à Belém, onde permaneceu com a guarda do carro locado. "O depoimento do preso reflete exatamente o relatório da telemetria do veículo alugado, onde se vê o deslocamento a Santa Izabel do Pará, a parada na frente da residência por volta das 21h30, a permanência até a manhã seguinte, o acompanhamento até a PA-140, sentido Santo Antônio do Tauá (momento da interceptação no km 06) e retorno na PA 140, sentido Belém", explica o delegado.

O inquérito foi concluído com o indiciamento de Rodolfo e Diego por feminicídio, em que o mentor intelectual do crime é ex-companheiro da vítima. O crime foi passional, já que Diego não se confirmava com o término do relacionamento com Kalícia de quem tinha ciúmes. Diego e Rodolfo foram denunciados pelo Ministério Público.

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