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Corpo em decomposição é encontrado em quitinete no bairro Castanheira

Vítima estava de bruços com os pés e mãos amarrados com fio telefônico e um saco plástico na cabeça; Polícia acusa duas passagens por estelionato

Redação Integrada

O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves identificou como sendo de José Maria do Egito Sena, 52 anos, o corpo encontrado na noite desta quarta-feira (17) em uma quitinete do prédio de nº 701 da Passagem Snapp, bairro Castanheira, em Belém. Peritos do CPC que estiveram no local indicaram que ele provavelmente foi morto na madrugada de segunda-feira (15).

A polícia encontrou a vítima de bruços com as mãos amarradas para trás com fio de telefone, as pernas também amarradas e com um saco na cabeça. Nenhum morador dos quitinetes vizinhos ouviu qualquer ruído que pudesse indicar luta corporal, discussão ou pedido de socorro. A vítima tinha vários namorados e duas passagens pela polícia, nos anos de 2004 e 2019. Na mais recente, ele ficou preso de janeiro a agosto.  

"Estamos com o DVR (equipamento que possibilita a gravação de vídeos) do circuito interno do prédio. E, quem fez isso aqui fez direitinho'', afirmou o titular da Delegacia de Homicídios, Davi Silveira, que acompanhou o trabalho dos peritos e a remoção do corpo, por volta das 21h.

A vizinhança só descobriu que José Maria estava morto porque uma moradora do andar de cima entrou em contato com a administração do prédio para reclamar que o ar-condicionado do apartamento da vítima estava ligado ininterruptamente desde a última sexta-feira (12), e esquentando o seu banheiro.

Uma funcionária foi ao apartamento, viu a luz acesa, ligou várias vezes para o telefone da vítima, bateu insistentemente na porta e, sem resposta, pegou a chave sobressalente da administração para checar se havia alguém. Ao abrir a porta ela se deparou com o corpo de José Maria estendido no chão e imediatamente chamou a polícia. Ele foi visto por vizinhos pela última vez na sexta feira (12).

"Possibilidades para a motivação do crime não faltam. Embora seja cedo ainda para falar, mas, tem a questão da aplicação dos golpes (de estelionato), o fato dele ser homossexual e ter vários relacionamentos - havia uma pessoa que vinha dormir com ele, mas ele tinha mais de um parceiro... A gente não pode também descartar um crime passional. Vamos começar agora com a investigação", informou o delegado Davi Silveira.

Natural de Abaetetuba, José Maria morava há pouco tempo no prédio. Ele tinha alugado o quitinete no dia 5 deste mês e fechou contrato de seis meses com a administração. Um familiar apareceu, chamado pela polícia e contou que José Maria não se relacionava bem com os familiares, em especial com os irmãos, que não concordavem com o envolvimento dele em crimes. A vítima só mantinha contato com o pai e a mãe, que moram em Belém.

Foi com eles, inclusive, que José Maria passou um período mais tranquilo, sem se envolver com nada. Mas tempos depois voltou a aplicar golpes e saiu de casa.

"Quem matou o José Maria entrou com ele na quitinete, porque a polícia não identificou nenhum sinal de arrombamento. "A priori, a causa da morte foi estrangulamento, mas o corpo está em estado avançado de decomposição. Não achamos sinais de perfurações, mas só o IML vai precisar a causa mortis. O apartamento tem três cômodos, o quarto está bastante desarrumado, acreditamos que havia maís de uma pessoa com ele'', afirmou o perito do CPC, Gilberto Almeida. 

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