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Caso Clivia: após manifestação, ex impede entrada da família da vítima no imóvel onde o casal morava

A família foi até apartamento acompanhada por delegado da PC de Cametá, porém, ao chegar no local, tiveram acesso negado pelo ex-companheiro de Clivia

Fabyo Cruz
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Após a manifestação realizada depois da morte cercada de mistério de Clivia Viana, de 32 anos, em Cametá, familiares da vítima foram impedidos pelo ex-namorado dela de entrar no imóvel onde o casal morava. Ela foi encontrada morta com um tiro na cabeça, no dia 7 deste mês, no apartamento onde vivia com o policial militar. O ato público foi realizado nesta segunda-feira (16), na cidade do nordeste paraense. A família dela foi até o local acompanhada pelo delegado Felipe Alckmin, da Polícia Civil, porém, ao chegar lá, tiveram o acesso negado pelo PM, que não teve a identidade divulgada.

“Um dos pontos de parada da manifestação foi a delegacia da Polícia Civil. O delegado Dr. Felipe nos disse que estava disposto a ajudar no que for necessário, mas está esperando pelo fechamento do inquérito. Nós pedimos para ele nos levar ao apartamento onde tudo aconteceu, pois nós nunca tivemos acesso, lá na frente, o delegado ligou para o ex da Clivia que não autorizou a nossa entrada. Nós não aceitamos essa versão de que ele teria cometido suicídio. Recebemos várias informações de que pessoas foram vistas no apartamento antes da chegada da polícia”, disse Carolina Viana, irmã de Clivia.

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No local do ocorrido, a polícia informou que a mulher teria cometido suicídio com a arma de seu companheiro, que é policial militar, mas a família da moça não acredita nessa versão

Protesto pediu solução do caso

Durante a caminhada pelas ruas da cidade, para pedir respostas e esclarecimentos sobre a morte da jovem, dezenas de pessoas participaram da caminhada, seguraram cartazes e faixas pedindo justiça por Clivia. O protesto partiu do Terminal Hidroviário de Limoeiro do Ajuru, onde a mulher nasceu, e seguiu para Cametá, passando pelo 32º Batalhão da Polícia Militar, Fórum da Comarca e Delegacia de Polícia Civil, encerrando no local onde o corpo foi encontrado, a casa em que Clívia morava com o namorado, um policial militar, no bairro Trigueiro.

A família contesta a versão da polícia de que a vítima teria cometido um suicídio com a arma de fogo de seu namorado, que estava na casa no momento do ocorrido. O relacionamento dos dois seria abusivo, segundo os relatos. Além disso, no dia da morte, vizinhos teriam ouvido uma discussão entre o casal, que já estava junto há quase dois anos. O agente já foi ouvido pela polícia. Clivia estava grávida e deixou um filho de 11 anos. O laudo com as causas da morte e a dinâmica do ocorrido deve ficar pronto nas próximas semanas.

O caso

De acordo com o boletim da Polícia Militar, no dia 7, vizinhos ouviram um disparo de arma de fogo vindo do imóvel do casal e acionaram os agentes. Quando adentraram no apartamento, os policiais afirmam que encontraram Clívia morta dentro de um banheiro. O restante do imóvel estaria intacto, conforme a polícia. Ainda segundo o boletim, a jovem teria cometido suicídio. Ela apresentava um tiro na região da cabeça, e a arma usada teria sido a pistola funcional de seu companheiro, segundo a polícia. Constatada a morte de Clívia, por parte do Corpo de Bombeiros, os PMs isolaram a área e acionaram as polícias Civil (PCPA) e Científica do Estado do Pará (PCEPA).

Desde o ocorrido, a família diz que nunca teve acesso ao apartamento onde tudo aconteceu. Os familiares afirmaram à reportagem que, ainda no dia 7, um parente de Clívia fez contato com o militar para pedir os documentos da jovem, pois a família iria precisar para dar entrada nos procedimentos de emissão da certidão de óbito. O agente teria determinado o horário e o lugar onde os pertences da jovem seriam deixados. Ao chegarem no local combinado, uma terceira pessoa teria feito a entrega. Os pertences já estavam todos encaixotados e lacrados. O fato chamou atenção e foi registrado em vídeo.

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