Assistente social de Jacundá é presa por desvio de medicamentos e interferência em atendimentos

A Polícia Civil do Pará prendeu em flagrante, nesta terça-feira (2), uma assistente social. O caso ocorreu no município de Jacundá, na região Lago Tucuruí. A suspeita é de que ela estaria desviando medicamentos e fazendo cobranças indevidas por serviços fornecidos, gratuitamente, pela Prefeitura Municipal de Jacundá. Os medicamentos eram para medidas de contenção e combate à pandemia de covid-19 na cidade.

A "Operação Comerciante do Alheio" cumpriu três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário do município. Todos tiveram parecer favorável do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). Na casa da assistente social, os policiais civis apreenderam medicamentos, prontuários, receitas médicas e uma caixa de munição com 13 cartuchos intactos.

Nos depoimentos já colhidos, a mulher cobrava valores dos pacientes — ou das famílias deles — com suspeita da doença causada pelo coronavírus sars-cov-2. Ela providenciava transferência das pessoas para hospitais regionais nos municípios de Marabá e Tucuruí e também para um suposto "acompanhamento especial" do paciente no hospital.

"Nos casos de óbitos, há relatos que a suspeita cobrava da família valores para que se realizasse a transferência do corpo de volta à cidade de Jacundá, chegando, inclusive, a vender caixões para o sepultamento", explicou o delegado Rommel Souza, superintendente da 9° Região Integrada de Segurança Pública do Lago Tucuruí.

Nas salas da Assistência Social, no Hospital Municipal de Jacundá e no Hospital de Campanha de Jacundá, foram apreendidos computadores e listagens de pacientes, além de outros documentos que já estão sendo analisados pelos policiais civis. A profissional e todo o material apreendido foram apresentados na Delegacia de Polícia Civil de Jacundá.