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Acusado de estuprar e matar domestica é condenado a 28 anos de prisão

O réu negou ter cometido crime de estupro seguido de morte e alegou, ao ser preso no local do crime, que teria achado a bolsa da vítima

Redação Integrada

Foi condenado a 28 anos de prisão Raimundo Nazaré, de 30 anos, acusado de violentar e matar por estrangulamento a empregada doméstica Norma Maria Reis Barros, de 50 anos, empregada doméstica. Os jurados também reconheceram que o réu cometeu crime de furto.

A pena base pelo crime de homicídio foi de 20 anos e pelo crime de estupro 08 anos, sendo ambas as penas somadas por ser crime cometido em concurso material.  A pena pelo furto ficou em um ano e quatro meses de detenção.

Defesa e acusação

A decisão acolheu o entendimento do promotor do júri, Jayme Ferreira Bastos Filho, que sustentou a acusação em desfavor do acusado de ter sido autor do crime de homicídio qualificado, estupro e furto da bolsa da vítima. Para a promotoria do júri embora o laudo pericial de comparação biológica de material encontrado na vítima com o DNA do acusado tivesse resultado negativo, não significava que o réu não tinha cometido os crimes, considerando o primeiro laudo realizado no cadáver, de necropsia e o sexológico realizado no acusado, apontando indicativos de ter o réu tido relação com a vítima sem ter ejaculado. A tese acusatória considerou que o réu agiu em conjunto com terceira pessoa, não identificado, tendo este também estuprado, sendo desse comparsa o líquido espermático encontrado na vítima.

Já a defesa do réu, sustentou a tese de negativa de autoria. Para o defensor, o laudo de comparação biológica não comprovou que o réu praticou crime de estupro, conforme o laudo pericial. Quanto ao homicídio, não havia provas nos autos de que o réu cometeu o homicídio e que estava no local, horas depois do crime, para consumir droga conforme confessou diante dos jurados. Quanto ao furto, o defensor também considerou duvidosa a acusação e que conforme o acusado disse no interrogatório, ele não estava com a bolsa da vítima, e que esta foi encontrada próxima do local onde o réu dormia, na área da mata. O defensor público requereu aos jurados a absolvição do réu por ausência de provas pelos três crimes.

Interrogatório

Raimundo Nazareno negou ter cometido os crimes e alegou que durante todo o dia, até às 18h, estava trabalhando na casa de uma senhora chamada “dona Dica”. A versão do réu é de que nesse dia foi para a área da mata onde costumava fumar drogas. O acusado também contou que não estava com a bolsa da vítima sob a cabeça, e viu quando os populares encontrarem o objeto próximo do local.

À polícia, Raimundo Nazareno chegou a confessar que estava sem moradia por estar devendo dinheiro para traficante do Distrito de Icoaraci, e por isso estava dormindo naquele local.

Entenda o caso

O crime ocorreu em 2018, na área da mata do terreno do Exército, localizado na rodovia Augusto Montenegro, em Belém. A doméstica Norma Maria, após sair do seu trabalho, foi abordada no ponto de ônibus e levada para uma área de mata, onde foi estuprada e estrangulada por asfixia mecânica.

Familiares da vítima passaram a procurar pela senhora após esta não chegar em casa na hora combinada para comemorar o aniversário de uma netinha. As buscas se extenderam a hospitais e necrotérios. Tarde da noite resolveram procurar nas imediações onde a mulher costumava pegar ônibus para retornar para casa, ocasião que verificaram um buraco na cerca do terreno de propriedade da Aeronáutica. No local os familiares encontraram o acusado dormindo com a bolsa da vítima, servindo de travesseiro, ocasião em que passaram a cobrar o paradeiro da vítima.

O réu negou ter cometido crime de estupro seguido de morte e alegou, ao ser preso no local do crime, que teria achado a bolsa da vítima.

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