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Ação acaba em dez presos, um morto, entre dois baleados, e um desaparecido

Operação da PM e Polícia Civil para combate ao tráfico em Icoaraci gerou reação de famílias

Redação Integrada de O Liberal
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A Polícia Militar confirmou que a operação Diátaxi 7, ocorrida nesta manhã no Tapanã e Paracuri, no distrito de Icoaraci, com o intuito de combater a ação de grupos ligados ao tráfico de drogas na região, resultou em dez prisões, além de apreensões de drogas, armas, munição, celulares, carregadores e balanças de precisão. A ação também resultou em dois suspeitos baleados em uma embarcação abordada pela polícia encaminhados ao HPSM da 14 de Março. Um deles faleceu, após ser atendido no pronto-socorro. Um outro tripulante ferido da embarcação abordada pela polícia está entre os que prestam depoimento na UIPP do Tapanã.

A comunidade de Icoaraci diz que um trabalhador das olarias, chamado Osmair Pereira, 35, conhecido como Jitão, está desaparecido. Familiares estão em busca de informações. Segundo os moradores do Paracuri, outro morador das redondezas, Daniel dos Anjos, de 26 anos, também foi baleado e está internado na UPA de Icoaraci. A reportagem do portal ORM confirmou a informação com familiares que estavam aguardando notícias do atendimento na unidade.

Segundo os moradores do Paracuri, que protestavam contra a operação da polícia, nove trabalhadores de coleta de argila teriam saído em três canoas, ainda de madrugada, na área da ação policial. Cinco deles estariam entre os que prestam depoimentos na UIPP do Tapanã, dizem as famílias.

OPERAÇÃO

O Comando de Policiamento da Capital I e II e Comando de Missões Especiais (CME) da PM disse este início de tarde que a Operação Diátaxi 7 dirigiu ações às áreas 10º e 24º batalhões da PM, nos bairros do Tapanã e Paracuri, justamente com o objetivo de "intensificar o enfrentamento ao tráfico de drogas na capital".

Segundo a PM, as ações foram coordenadas pelo comandante do 10º BPM, tenente-coronel Ricardo Polaro, e pelo comandante do 24º BPM, tenente-coronel Neuacy Porto de Oliveira. Cerca de 70 homens participaram da ação Diátaxi, que teve início desde as primeiras horas da manhã.

A operação teve apoio de equipes da Polícia Civil e de policiais do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), da Companhia Independente de Policiamento Fluvial (CIPFLU), Companhia de Operações Especiais (COE), Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e Batalhão de Polícia Tática (BPOT).

Segundo a PM, as dez pessoas presas pelas equipes policiais – 6 homens e 4 mulheres - estavam escondidas numa casa. "Ao serem localizados pela polícia, tentaram fugir pelas matas do Tapanã", disse a nota da PM.

Segundo a corporação, foram apreendidos três balanças de precisão, drogas (papelotes e pasta base de cocaína), sete celulares e seis armas, a maioria de fabricação caseira (cartucheiras e garruchas calibres 22 e um revólver calibre 38). Os detidos e o material apreendido foram encaminhados para a Unidade Integrada Pro Paz do Tapanã e para a Delegacia de Icoaraci.

"Durante o confronto com a PM, dois bandidos foram baleados e encaminhados para o Pronto Socorro da 14 de Março, no bairro da Pedreira, e um veio a óbito", disse o comunicado emitido pela PM.

REAÇÕES 

As primeiras notícias sobre os baleamentos envolvendo a operação conjunta da Polícia Militar e Polícia Civil em Icoaraci chegaram à redação integrada de O Liberal por volta das 9h30 da manhã. Em denúncias feitas por telefone, familiares buscavam informações sobre oleiros que estavam desaparecidos após o início da ação.

Em entrevista cedida por volta das 12h10 à TV Liberal, o tenente coronel da PM Porto declarou inicialmente que eram 12 as pessoas detidas pela operação no Tapanã e Paracuri.

A operação conjunta tinha objetivo de deter a criminalidade numa área complexa, como é a mata que fica atrás dos conjuntos da rua da Olaria, Araguaia e São Geraldo, e também se estendendo pela área do décimo batalhão, no porto do Uxi", declarou o coronel Porto. "Fizemos frente a criminosos que estavam abrigados numa área de mata, mangue e rios de difícil acesso, com drogas, armamentos e munição, com atuação na área do Tapanã e Paracuri".

Sobre denúncia de familiares, de que trabalhadores que tiram argila para o trabalho em cerâmica, teriam sido baleados por possíveis erros da operação, confundidos com criminosos, o coreonel rebateu: "Fizemos uma grande frente pela mata, já esperando fugas. E todos esses pontos de fuga tinham contenção, inclusive por água", declarou Porto.

Segundo o coronel da PM, a lancha da Companhia Fluvial da PM relatou que supostamente teria havido troca de tiros com tripulantes de uma rabeta que teria sido abordada. "E nessa refrega, dois integrantes da embarcação foram alvejados no braço e conduzidos a atendimento". Um terceiro integrante, diz a PM, estaria sendo ouvido nesse momento pela Polícia Civil.

A PM não confirmou se o grupamento aéreo efetuou disparos contra os suspeitos. O coronel Porto disse que uma troca de tiros também teria acontecido com integrantes da opperação que seguiam avançando pela mata.
 

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