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UFPA produz cartilha com orientações de retorno às atividades no pós-pandemia

Informações serão úteis à comunidade acadêmica quando aulas forem retomadas, embora não haja previsão

Dilson Pimentel
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A Universidade Federal do Pará (UFPA) já produz uma cartilha com orientações à comunidade acadêmica para um possível retorno às atividades no pós-pandemia. A missão é ter à mão orientações úteis, mesmo que ainda esteja longe de ser confirmado o retorno às atividades presenciais na instituição.

Com esse objetivo, professores do Laboratório de Soluções Educacionais  (FaPsi e NTPC da UFPA) e do G.A.M.E.S. (Faculdade de Enfermagem da UEPA) estão realizando uma pesquisa on-line, direcionada a todas as pessoas vinculadas às Instituições Públicas de Ensino Superior de Belém. Para participar da pesquisa, basta preencher, até o dia 15 de julho de 2020, o formulário on-line.

Intitulada “Retorno às atividades acadêmicas presenciais após o isolamento social: Construção de uma tecnologia educacional”, a pesquisa objetiva construir uma cartilha direcionada à comunidade acadêmica de Instituições do Ensino Superior Públicas, constituída por alunos, professores e técnicos-administrativos, com orientações referentes ao retorno às atividades presenciais, após o período de isolamento social, especialmente no que se refere às demandas de saúde mental.

'É importante sabermos o que pessoas estão vivendo'


Segundo a professora da UFPA Aline Beckmann Menezes - que, com o professor Paulo Delage, coordena o projet -, o período de isolamento social tem trazido uma série de impactos na saúde mental de todos da população, tanto em função do luto vivenciado por diversas pessoas quanto pelo medo, pela solidão e por mais uma série de experiências difíceis de serem enfrentadas.

"No retorno às atividades presenciais, não podemos deixar o período que vivenciamos na pandemia ser simplesmente ignorado. É importante conhecermos o que as pessoas viveram ou estão vivendo, o que elas temem em relação ao retorno e o que elas esperam encontrar nesse momento para que as instituições possam construir espaços saudáveis e acolhedores", disse.

Segundo a professora, a realização do estudo sobre o retorno das atividades presenciais pós-quarentena surgiu em virtude de o Laboratório de Soluções Educacionais da UFPA ter sido procurado por diversos agentes educacionais, em busca do esclarecimento de dúvidas com os professores da Universidade.

"Encontramos literatura sobre experiências internacionais com outras situações de isolamento em epidemias anteriores, que apontavam uma série de cuidados importantes a serem adotados no processo de retorno no que tange à saúde mental. Percebemos, assim, que era fundamental conhecermos melhor nossa própria comunidade e tentar elaborar um material voltado de forma mais específica para nós mesmos, tentando colaborar com esse processo de retorno", explicou Aline Beckmann Menezes.

Cartilha pode sair antes do retorno às atividades


O formulário é dividido em três seções. A primeira refere-se ao período de isolamento e como esse foi vivenciado. A segunda trata sobre expectativas, medos e desejos sobre o retorno às atividades presenciais. Na última seção, a pesquisa faz algumas perguntas sobre o retorno, as quais são mais específicas para cada grupo de indivíduo - graduando, pós-graduando,  técnico-administrativo ou docente.

Baseado nas respostas adquiridas pela pesquisa, o projeto visa a produzir uma cartilha de forma direcionada ao que cada grupo apontar em suas demandas. Para isso, serão analisadas as respostas dos formulários e cruzadas com informações da literatura científica para construir o material com orientações. Esse produto final será avaliado por membros da comunidade (discentes, técnicos e
docentes) e, após a aprovação destes, será disponibilizado, gratuitamente, para todos os interessados.

A expectativa é de conseguir produzir a cartilha antes do retorno às atividades presenciais, "para, assim, divulgar amplamente pelas instituições, não só distribuindo o material de forma on-line e gratuita, mas também disponibilizando para dialogar sobre os achados e para trocas sobre possíveis caminhos de enfrentamento aos desafios que serão encontrados", acrescentou a professora Aline Beckmann Menezes.

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Pará
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