Servidores técnico-administrativos da UFPA, da Ufra e da Unifesspa paralisam atividades por 48 horas

A paralisação é contra a Reforma Administrativa e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da emergência fiscal, que pretende cortar em até 25% o salário do servidor público

João Thiago Dias
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Servidores técnicos-administrativos de várias instituições federais de ensino superior do Brasil iniciaram, nesta terça-feira (26), o movimento nacional de paralisação de 48 horas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da emergência fiscal, que, dentre outras medidas, autoriza a redução temporária da jornada de trabalho dos servidores em até 25%, com redução salarial equivalente, em situações de aperto fiscal. A paralisação também é contra a proposta de reforma administrativa que o governo federal pretende apresentar ao Congresso Nacional.

No Pará, técnicos administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) aderiram à paralisação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes), a greve de dois dias não interferiu nas aulas, já que não inclui professores e alunos.

No campus Guamá da UFPA, em Belém, cerca de 70% dos técnicos pararam as atividades. Não houve funcionamento no restaurante universitário; em parte da reitoria, inclusive em parte da assessoria de imprensa; e em setores administrativos de vários institutos.

"Uma paralisação preventiva da categoria para esclarecer sobre os riscos dessa PEC e da reforma administrativa. Para dialogar com a população sobre os malefícios que as medidas podem trazer para o serviço público se passarem a vigorar", explicou o coordenador de comunicação do Sindtifes, Willian Mota.

No Campus Belém da Ufra, a adesão ficou abaixo da expectativa, segundo o coordenador da seção sindical do Sindtifes na instituição, Moacir Miranda. "Acredito que tivemos uma adesão que não podemos considerar satisfatória, entre 15% e 20%. Ainda não temos o balanço do interior. Mas as aulas não foram suspensas", disse.

Já na Unifesspa, no município de Marabá, cerca de 70% dos técnicos suspenderam os trabalhos, conforme informou o coordenador da seção sindical do Sindtifes na universidade, Augusto Severo. Segundo ele, o primeiro dia foi reservado para articulações que serão executadas nesta quarta-feira (27).

"As três bibliotecas paralisaram. À tarde, teve uma plenária para discutir a PEC. Nesta quarta-feira, por volta das 8h, terá um café da manhã com os servidores para debater a crise no serviço público e o impacto dessa PEC. E vamos fazer panfletagem", adiantou Augusto. 

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