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Portadores de hanseníase denunciam o descaso nos postos de saúde em Igarapé-Açu

Em fevereiro um ofício foi enviado à Sespa solicitando a compra emergencial de alimentos e medicamentos

Pablo Costa / O Liberal
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Paulo Barbosa, de 53 anos, morador da “Colônia do Prata”, situada no município de Igarapé-Açu, nordeste paraense, procurou a redação integrada de O Liberal para denunciar o abandono da Unidade de Saúde e a falta de alimentos e medicamentos que estão deixando os pacientes em uma situação bastante complicada. "Estamos sem material para fazer curativos, alimentos e medicamentos e transporte. Esses materiais são fornecidos pelo governo, e desde novembro de 2018 eles foram suspensos", denuncia Paulo.

No dia 28 de fevereiro deste ano, um ofício foi enviado à Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) solicitando a compra emergencial desses produtos. No documento, elaborado pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), foi detalhada a atual situação dos pacientes que precisam dessa ajuda vinda do Governo. "O Secretário Adjunto de Administração e Finanças da Sespa, Sr. Pitter Cazol, nos garantiu que em 15 dias a compra seria feita e o problema seria resolvido. Mas já se passaram mais de dois meses e até agora nada foi feito", explica.

Segundo a Sespa, "o 3º Centro Regional de Saúde vem sendo abastecido integralmente em suas requisições, datadas de 06 de dezembro de 2018, referente aos atendimentos para os meses de janeiro, fevereiro e março; e 19 de março de 2019, para os meses de abril, maio e junho", esclareceu.

Doença

A hanseníase, conhecida antigamente como Lepra, é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. No Pará, são quase 30 doentes para cada 100 mil habitantes, considerado de alto risco para a doença.

Hoje a região atende cerca de 60 portadores da doença, que são assistidos pela Unidade de Saúde da comunidade, administrada pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).

Reunião

Na manhã desta terça-feira (16), seu Paulo Barbosa, acompanhado de um grupo de pacientes que residem na Colônia, procurou a direção do 3º Centro Regional de Saúde, localizado no município de Castanhal, que é responsável pelo gerenciamento das secretarias municipais de saúde da região do nordeste do Pará. "Fomos recebidos pela diretora que alegou não poder fazer nada sobre essa situação. Ela nos contou que está de braços atados, pois ainda não nomearam ninguém responsável pelas finanças da unidade", contou Paulo.

Ainda segundo Paulo, esta não é a primeira vez que ele tenta contato com essa mesma unidade e também com o Governo do Estado. Cansado de esperar por uma solução, ele faz um apelo. "Espero que através dessa reportagem a Sespa ou alguém do governo possa olhar por nós. Estamos abandonados com a falta desses alimentos e remédios. Até o gás de cozinha acabou. As vezes temos que contar com a coleta de funcionários para comprar o gás e água para a unidade", acrescentou.  

A redação integrada procurou a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) que informou, através de nota, que acompanha a situação da Vila Santo Antônio do Prata e deve finalizar nos próximos dias a avaliação das demandas.

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