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PIB do Pará cresce 3,2% e ficou em R$ 155,1 bilhões em 2017, segundo IBGE

Com o aumento, o Estado se manteve como a principal economia da Região Norte e ganhou uma posição no ranking nacional.

Thiago Vilarins / Da Sucursal

Após dois anos consecutivos de queda, 2015 (-0,9%) e 2016 (-4,0%), o Produto Interno Bruto (PIB) do Pará, que representa a soma de todas as riquezas produzidas no Estado, voltou a crescer em volume: 3,2% em 2017 na comparação com 2016. Em valores correntes, o PIB foi de R$ R$ 155,105 bilhões, ante R$ 138,068 bilhões em 2016 - um acréscimo de R$ 17,037 bilhões. Com o aumento, o Estado se manteve como a principal economia da Região Norte e ganhou uma posição no ranking nacional, trocando de colocação com o Ceará (R$ 147,890), situando-se agora em 11º lugar.

Já o PIB per capita, cálculo do valor do PIB pelo número de habitantes do Estado naquele ano (8.366.628 pessoas), e que serve para avaliar a qualidade de vida dos cidadãos, deu um salto de  quatro posições nos dois anos de referência. Mesmo com o aumento, ainda é um dos dez mais baixos do País. Em 2017, o PIB individual do Pará foi de R$ 18.333,19, o 18º no ranking nacional. Um ano antes, o valor do PIB por habitante era 9,85% menor (R$ 16.689,55), ocupando a 22ª posição dentre as 27 Unidades da Federação.

Na passagem de 2016 para 2017, o PIB per capta do Pará superou os valores anotados no Acre (R$ 17.201,95), Bahia (R$ 17.508,67), Sergipe (R$ 17.789,21) e Rio Grande do Norte (R$ 18.333,19). Nas últimas colocações ainda se mantém o Maranhão (R$ 12.788,75), Piauí (R$ 14.089,78), Paraíba (R$ 15.497,67), Alagoas (R$ 15.653,51) e Ceará (R$ 16.394,99).

Para efeito de comparação, o maior PIB individual do País foi verificado no Distrito Federal (DF), no valor de R$ 80.502,47  - quatro vezes mais que o valor por cabeça no Pará. O contraponto entre os resultados do PIB e do PIB per capta no Pará confirmam que as fortunas produzidas pelo Estado não conseguem refletir em uma melhor condição de vida para os seus habitantes. Os números e a análise foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através dos dados das Contas Regionais que avaliou o PIB das Unidades da Federação (UF) durante 2002 e 2016.

O Pará também foi o que mais aumentou a sua participação no PIB nacional, passando de 2,2% em 2016 para 2,4%  em 2017, o que o levou a ultrapassar o Ceará no ranking nacional (2,2%). As outras Unidades da Federação que avançaram na participação foram Santa Catarina (0,1 ponto percentual), Pernambuco (0,1 p.p.), Minas Gerais (0,1 p.p.) e Rondônia (0,1 p.p). Segundo o IBGE, "o ganho de 0,2 p.p. de participação do Pará ocorreu em virtude do ganho de Indústrias extrativas (0,7 p.p.), em especial a extração e pelotização de minério de ferro, que se beneficiou com a elevação do preço do minério de ferro de 12,3% em reais, entre 2016 e 2017, associado ao aumento de produção com a entrada em operação do Complexo S11D no final do ano de 2016."

"Também contribuiu para o desempenho paraense o ganho de 2,9 p.p. de participação na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, já que, ao longo de 2017, o Estado aumentou a produção a partir do aumento de número de turbinas em operação na Usina Belo Monte", completa a análise do IBGE.

No geral, apenas Rio de Janeiro (-1,6%), Sergipe (-1,1%) e Paraíba (-0,1%) tiveram variações negativas no PIB em 2017. A Bahia registrou estabilidade (0,0%) e os outros 23 Estados tiveram altas no PIB, sendo que em 18 deles a variação ficou acima da média nacional (1,3%). Estes 18 estados representaram 45,3% do PIB brasileiro em 2017. As maiores elevações foram as do Mato Grosso (12,1%), Piauí (7,7%), Rondônia (5,4%), Maranhão (5,3%) e Amazonas (5,2%). O Pará surge com a 9ª variação mais acentuada na passagem de 2016 para 2017.

A pesquisa ainda aponta que os cinco estados com maior participação no PIB do País em 2017 - São Paulo (32,2%), Rio de Janeiro (10,2%), Minas Gerais (8,8%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paraná (6,4%) - concentravam 64% da economia brasileira, 0,4 ponto percentual (p.p.) menos que em 2016. Este mesmo grupo tinha 68,1% de participação em 2002, ano de início da série.

Entre 2002 e 2017, o Pará elevou em 0,6 ponto percentual a sua participação no PIB nacional, passando de 1,8% em 2002 (13ª posição relativa) para 2,4% em 2017 (11ª). Esse é o maior acréscimo do País, ao lado de Santa Catarina (de 3,7% para 4,2%) e Mato Grosso (de 1,3% para 1,9%). No inicio da série histórica, o PIB individual do Estado era de R$ 4.043,64.

Atividades

A atividade que mais influenciou no aumento de 3,2% do PIB do Pará foi a Indústria (+22,39%), que representou 30,9% da riqueza produzida no Estado em 2017 - ante 25,3% de 2016. Neste grupo destacam as elevações das indústrias de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (com alta de 69,77%; passando de 4,3% do PIB estadual em 2016 para 7,2% em 2017) e as indústrias extrativas (+48,12%; de 9,7% para 14,4%). O principal quadro negativo da indústria, ficou mais uma vez por conta da construção civil, que reduziu sua participação em 20,12%, encolhendo de 5,7% a sua participação no PIB para 4,7% entre 2016 e 2017. Para efeito de comparação, nos anos de 2014 e 2015, essa participação representava 8,5% da produção do Estado.

Enquanto a indústria puxou o crescimento do PIB estadual, a agropecuária reduziu a sua participação em 14% (caiu de 13,8% para 11,8%). Já o setor de serviços, que respondeu sozinho por 57,3% do PIB do Pará em 2017, diminuiu 6,11% na comparação com 2016 (era 61%), puxado, principalmente pela queda de 10,46% do setor de comércio e de 16,10% do setor de transporte, armazenagem e correio.

Na análise do PIB pela ótica da renda, em 2017 foi a primeira vez na série em que a remuneração dos empregados do Pará perdeu participação em relação ao ano anterior, apesar de se manter como principal componente - 38,7% em 2017, ante 41,7% de 2016. A redução se deve à queda no número de empregados com carteira de trabalho assinada, o que fez com que o crescimento nominal das remunerações (4,2%) fosse inferior aos 8,0% dos impostos líquidos de subsídios, sobre a produção e importação e 4,8% do excedente operacional bruto mais o rendimento misto bruto.

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