PF investiga fazendeiros e produtores rurais que teriam combinado de incendiar áreas ambientais

Fazendeiros, empresários e produtores rurais do município de Novo Progresso, no sudoeste paraense, estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de integrar uma quadrilha que teria planejado incêndios criminosos áreas ambientais no Pará. Nesta terça-feira (22), durante a Operação Pacto de Fogo, deflagrada pela PF no município, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em residências e estabelecimentos ligados aos suspeitos. O objeto foi obter novas provas e informações a respeito da participação do grupo em atividades criminosas em reservas e unidades de conservação federais na Amazônia. Foram apreendidos diversos documentos, anotações, aparelhos celulares e computadores. O material coletado vai ser enviado para análise para servir de prova no inquérito policial que apura o envolvimento dos suspeitos nos crimes praticados no "Dia do Fogo". 

De acordo com a PF, as investigações começaram depois que a imprensa local e nacional divulgou informações sobre o "Dia do Fogo", ocasião na qual produtores rurais, empresários e fazendeiros teriam se reunido para incendiar áreas florestais no Estado, numa tentativa de forçar a titulação de terras públicas para particulares. Foram descobertas, durante as investigações, diversas conversas em grupos de aplicativos de mensagens instantâneas contendo dados relacionados aos crimes ambientais.

No dia 10 de agosto deste ano, foram registrados diversos incêndios em localidades distintas do Pará, incluindo Unidades de Conservação Federais na região. Os suspeitos são apontados como responsáveis por diversos crimes ambientais, como destruição de vegetação nativa e incêndio florestal, e associação criminosa.