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Período de chuva intensifica doenças respiratórias

Vírus Sincicial Respiratório (VSR) pode ser confundido com gripe

Redação Integrada

Vômito, diarreia, tosse e febre. Estes são alguns dos sintomas que, nesta época do ano, apresentam um elevado número de queixas nos consultórios médicos, sobretudo, em crianças de até dois anos de idade. É que no período em que as chuvas se intensificam no Norte do Brasil, o conhecido inverno amazônico abre espaço para a proliferação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) - que não tratado corretamente - pode evoluir à insuficiência respiratória progressiva, levando, inclusive, à morte.

Conforme o Sistema de Vigilância Epidemiológica para Influenza, do Ministério da Saúde, na região Norte, o VSR circula com mais evidência, no primeiro semestre do ano, por conta dos constantes aguaceiros. Porém, o pico de ocorrência mais frequente é no mês de abril.  A doença é de caráter sazonal e sua circulação pode variar de lugar. “Tem épocas que o vírus VSR se torna mais evidente, devido à umidade, à contaminação e a aglomeração de pessoas em locais fechados”, explica a médica pediatra, Gisely Flexa.

Por ser uma enfermidade semelhante à uma gripe forte, é preciso redobrar os cuidados com os bebês, na identificação do mal, principalmente. “Em prematuros ou nascidos com cardiopatias a incidência é uma das principais causas de rehospitalizações e, em alguns casos, pode ser fatal ou ainda resultar problemas respiratórios, como asma e bronquite, por longo período da vida”, esclarece a pediatra.

Ainda segundo a especialista, a infecção do VSR não tem tratamento específico. Porém, há medidas de suporte, como inalação e oxigênio, em caso mais graves. “A melhor forma de ser evitada a doença é a imunização com a vacina. Hoje, o SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza gratuitamente”, diz a médica. A dose da Palivizumabe é encontrada na Santa Casa de Misericórdia, em Belém. Contudo, ela é administrada num grupo de maior risco:  crianças prematuras abaixo de 29 semanas, cardiopatas, ou portadores de doenças pulmonar crônica.

A enfermidade também pode ser tratada nos postos de saúde de atenção básica dos municípios. “É muito comum se confundir com a gripe, por isso, é necessária atenção com as complicações, que evoluem em formas graves. O bebê fica com um peito chiador e o vírus é um gatilho para outras enfermidades”, alerta Gisely Flexa.

Saiba mais:

O Vírus Sincicial Respiratório?

É uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas. É também um de muitos vírus que pode causar bronquiolite (uma infecção dos brônquios, nos pequenos tubos respiratórios dos pulmões). Outras causas de bronquiolite são influenza, vírus para influenza, ou adenovírus.

Quando é transmitido?

O vírus respiratório é transmitido de uma criança infectada pelas secreções do nariz ou da boca, por contato direto, ou gotículas.

Período de maior contágio?

Nos primeiros dias da infecção. O período de incubação de VSR varia de 2 a 8 dias, normalmente 4-6 dias. Epidemias anuais ocorrem durante o inverno.

Sintomas: 

Dificuldades respiratóriasfebreSinais de desidratação, como boca seca, choro sem lágrimas, e urinar com menos frequência.

Como diagnostica?

O pediatra pode solicitar exames laboratoriais de amostras provenientes do nariz e da garganta. O vírus pode ser cultivado em culturas especiais, ou partes do vírus podem ser identificados por testes rápidos.

Como tratar?

Não há tratamento eficaz para a VSR ou outros vírus (exceto influenza). Observação para o agravamento é necessário. Se ocorrer piora, você deve levar ao serviço médico, pois crianças com bronquiolite pode ter de ser hospitalizado para tratamento com oxigênio. Se o seu filho é incapaz de beber por causa da respiração rápida, ele pode receber fluidos intravenosos. Em raras ocasiões, os bebês infectados vão precisar de um respirador para ajudá-los a respirar ou ter uma internação em UTI.

Como evitar?

A criança deve evitar contato próximo com outras crianças e adultos que estão infectadas com o vírus. Em creches, boas práticas de higiene devem ser usadas pela equipe e as crianças, incluindo frequente e completa lavagem das mãos.

(Fonte: Academia Americana de Pediatria)

 

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