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Para associação de militares, governo deve dar prioridade a reajuste salarial e moradia

Posicionamento ocorreu após divulgação de lista de ações emergenciais em relação a crimes cometidos contra agentes de segurança

Redação Integrada
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Após a divulgação, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), de uma lista de ações emergenciais que o Governo do Estado pretende tomar referentes aos crimes cometidos contra agentes de segurança pública do Estado nos primeiros meses de 2019, a Associação de Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiros Militares do Pará (ACSPMBMPA), por meio de sua presidente, a Cabo Cristina Mota, se manifestou.

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Em entrevista concedida à TV Liberal na manhã desta sexta-feira (17) a Cabo afirmou que, para a ACSPMBMPA, a prioridade das ações deve ser a criação de vilas militares e o reajuste salarial, de forma simultânea à "luta contra o crime". A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor (CDHDC) da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) se manifestou nesta manhã (17) em defesa à construção de vilas militares para garantir segurança de moradia a agentes públicos de segurança do Estado.

"Saímos para combater a criminalidade oferecendo segurança para a sociedade, então precisamos que o Governo haja de frente, que busque conter a criminalidade em cima da nossa família militar. A parte habitacional seria de imediato? Porque isso é algo que vem com o tempo e nós precisamos de algo agora. Talvez a criação de vilas militares onde possa retirar nossos irmãos de farda que moram em área periférica seria um primeiro projeto para fazer agora, no momento. Depois pesquisar a questão da linha de crédito a ser oferecida para toda a categoria, mas agora precisamos de medidas urgentes" disse a cabo, acrescentando que o reajuste salarial deve ser também linha de frente das ações.

"Fomos esquecidos pelo governo passado.  Houve nesse governo atual a grande esperança de que a categoria seria vista com bons olhos e que teria esse retorno imediato. Sabemos que o governo assumiu que está colocando a casa em ordem, mas de fato há uma grande necessidade da nossa categoria, porque não podemos mais ver esses números aumentando. Então, que sejam tomadas medidas com relação ao que nós necessitamos, que é a valorização do policial militar, através do salário, do nosso reajuste e retirar os policiais e bombeiros que moram em área de risco" afirmou, ao alegar que a categoria está sem reajuste desde 2015. "Somando de 2015 para cá, dá um valor de 25,75% que deveria ter aumentado, mas infelizmente estamos estagnados".

Questionada sobre as consequências do não-reajuste, a cabo é enfática ao destacar que, por conta disso, muitos militares acabam tendo que recorrer "a se expor através de bico, que é ilegal, mas não deixa de ser algo que o policial busca para melhorar a sua renda e nessa situação acaba se expondo ao perigo". "Se a gente observar, muitas das mortes não ocorreram em serviço, mas sim nas folgas, no lazer, em situação que ele está no extra para buscar melhorias para a sua família" considera.

Em relação às contratações de policiais militares anunciadas pelo Governo, Cristina afirmou que "se buscarem a fundo, até 2020, 40% do efetivo atual vai para a reserva, o que vai dar em torno de 6200 policiais". "Então, os 7 mil policiais são para suprir os 6.200 que estão indo para a reserva, logo, não haverá aumento do efetivo, mas sim equilíbrio de quem está saindo e entrando" completa. Ela ainda garante que "sabemos que há essa necessidade, mas no momento precisamos que o governo olhe para a nossa família e busque estruturar a nossa família primeiro".

"Nós precisamos da questão salarial e moradia, e precisamos que lutem contra o crime, que combatem, que procurem investigar de onde está saindo, quem está fazendo, da onde está partindo e trabalhe em cima desse pessoal que está mandando caçar os nossos irmãos de farda" finalizou.

Vale lembrar que, de janeiro até 16 de maio de 2019, 19 policiais militares e um guarda municipal foram mortos no Estado. O número representa, em uma proporcional, quatro agentes por mês, cerca de um por semana. Só na última quinta-feira (16), dois policiais militares foram mortos e um foi baleado na Grande Belém. Após os atentados contra os agentes, pelo menos outras oito pessoas morreram em crimes em diversos bairros da capital.

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