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Pará apresenta tendência positiva de enfrentamento à covid-19

Mas há regiões em que a situação ainda é crítica e tendência de alta, diz equipe de monitoramento da Ufra

Cleide Magalhães
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Em geral, no estado do Pará, existe tendência com níveis positivos de enfrentamento ao novo coronavírus, que ocasiona a covid-19, nos casos confirmados e de mortes pela doença. Mas há regiões em que a situação ainda é crítica e com tendência de alta, com destaques para Carajás, Baixo Amazonas, parte do Marajó e Tapajós, a qual está com grande tendência de subida nos casos.

As projeções valem até esta quarta-feira (24) e constam na sexta edição do Boletim Covid-PA, material divulgado todas as semanas pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), com projeções para sete dias sobre o comportamento da pandemia no Estado e suas microrregiões. Ainda de acordo com o boletim mais recente, publicado no último dia 19 com projeções que valem de 17 a 24 de junho, o Pará apresenta limite médio previsto de casos acumulados de 90.518 e 5.141 limite médio de casos acumulados de óbitos.

Até a manhã desta quarta, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), o Pará somava 91.708 casos confirmados e 4.726 mortes. A comparação final do sexto boletim em relação aos dados oficiais da Sespa se dá no final da tarde, quando a Sespa comunicar o balanço do dia 24.

"A quinta edição do boletim, por exemplo, publicada no último dia 10, estimou 65.682 casos confirmados acumulados e 4.262 óbitos acumulados para o dia 12 de junho. Logo depois, o boletim oficial da Sespa reportou 67.476 casos e 4.181 óbitos acumulados. Isso demonstra um acerto de 97,35% para casos confirmados acumulados e 98,1% para óbitos acumulados.

Para todas as previsões usamos dados oficiais da Sespa e com dados anteriores, a série histórica, que gera previsão para sete dias à frente", explica Marcos Braga, doutor em Bioinformática e professor de Inteligência Computacional da Ufra, que atua na equipe multidisciplinar do projeto. A sétima edição deve ser publicada até esta quinta (25), com previsões até quarta (1º de julho).

Declínio nos contágios e mortes


Braga frisa que, em geral, o Pará está em situação de declínio dos casos de contágios e de óbitos. Mas pondera que há regiões em que ocorrem tendências de crescimento. "A gente verifica que o Pará está em situação de queda do quadro geral, porque a maior população está na Região Metropolitana de Belém. Mas isso não quer dizer que em todas as regiões do Estado também estejam em queda. Muitas das 12 Regiões de Saúde

ainda estão em situação que merecem cuidados, como Carajás, Baixo Amazonas, Tapajós e parte do Marajó. O Lago de Tucuruí começa a estabilizar com tendência de estagnação. No Marajó II existe estabilização, a partir de 18 de junho, e Marajó I em tendência de alta até hoje. A região dos Caetés começa a estabilizar a partir de agora", explica o doutor em Bioinformática.

Para Braga e à equipe envolvida na iniciativa, essas informações servem justamente para que os órgãos governamentais possam agir antecipadamente inclusive com remanejamento de serviços e recursos hospitalares. "Essas regiões que enfrentam problemas mais críticos precisam de tratamento mais intensivo e, para melhorar, depende de iniciativas do poder público em atacar".

Além de projetar os casos confirmados e de óbitos, Braga explica que a iniciativa conta também com previsão de recursos hospitalares. Ainda na sexta edição do boletim, o Pará contava com total de 519 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 1.568 leitos comuns, 282 médicos, 78 fisioterapeutas, 311 enfermeiros e 673 técnicos de enfermagem.

Medidas  devem ser mantidas


Marcos Braga alerta ainda que, mesmo com alguns avanços, o estudo reforça que as medidas de isolamento e distanciamento social e cuidados sanitários e com a higiene, como uso de máscara, álcool em gel e lavagem das mãos, devem permanecer no Estado.

"O estudo usa uma técnica baseada em dados, mas, agora, essas recomendações permanecem completamente. Acredito que, até o final deste ano, o Pará deverá estar nesse esforço de diminuição da pandemia. A luta dá sinais positivos, mas ela ainda não acabou", enfatiza o professor de Inteligência Computacional da Ufra.

Boletim Covid-19 é elaborado desde fevereiro deste ano, mas semanalmente é elaborado desde maio. Além da Ufra, conta com a contribuição de profissionais independentes da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e outro profissionais.

Mais recentemente, também passou a receber apoio institucional da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que acompanha a evolução da pandemia na região Oeste. Para conferir todas as semanas o Boletim Covid-PA, acesse aqui.

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