Museu Emílio Goeldi abre mostra do Arte Pará 2018

Foi aberta na manhã desta quinta-feira, 11, a visitação à mostra do Arte Pará 2018 que está montada no Museu Emílio Goeldi, na Rocinha, espaço que já faz parte há 11 anos da programação do salão de arte contemporânea, que está em sua 37ª edição. Funcionários e visitantes do museu tiveram a oportunidade de conhecer mais uma parte da exposição "Área Indígena". Quem quiser visitar as exposições podem ira até o dia 7 de dezembro tanto no espaço da Rocinha, no Museu Emílio Goeldi, como também no Museu da UFPA.

O servidor público Inácio Guilherme da silva Leite deu uma pausa nas atividades e foi até a área da Rocinha para apreciar as obras de arte. Ele disse que se sentiu feliz em ter o contato com as fotografias dos índios e das tribos indígenas, pois o contato o fez refletir sobre a vida. "É um trabalho que traz uma contribuição imensa, pois além de ser lindo de ver nos instiga a olhar para o passado. Pensar no modo em que os índios viviam, a relação que eles tinham. Portanto, só quem está aqui é que percebe o quanto é enriquecedor", declara o funcionário do museu.

Roberta Maiorana, co-assistente na curadoria do salão e presidente da Fundação Romulo Maiorana, disse que a escolha do tema surgiu juntamente com o curador-geral Paulo Herkenhoff, quando eles resolveram chamar artistas fotográficos que tivessem um trabalho junto com índios da Amazônia. Para ela, a arte está sempre próxima a parte humana da vida, além de incentivar discussões sociais e políticas. "O que se pretende com todo esse trabalho é incentivar a educação, pois o Arte Pará não é um projeto de mercado, mas sim de educação", declara.

Diante dessa preocupação, o projeto possui uma parceria com o Setransbel (Sindicato das Empresas de Transportes de Belém) e disponibiliza ônibus para transportar alunos das escolas públicas para que tenham contato com as exposições. "Também temos um projeto de monitoria para que os visitantes tenham todo apoio e suporte. A ideia principal é construir novos olhares. Por meio da arte podemos dizer não a violência de dizer não a desigualdade. A arte serve para tudo", completa Roberta Maiorana. 

Esse ano a Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra) foi o patrocinador Master do evento e Ierene Noronha Seabra, diretora acadêmia da faculdade, que esteve na abertura do salão da Rocinha, diz que o momento é importante, pois a arte é elemento fundamental para a formação de um indivíduo. "Nós entendemos que o evento não é importante apenas para a comunidade acadêmica, mas também para a sociedade, para a amazônia e para o Brasil. Sabemos da dificuldade de fazer um projeto desse e, por isso, esperamos que esse casamento de sete anos da fibra com o Arte Pará seja eterno", fala a diretora da faculdade.

Maria Emília Sales, coordenadora de comunicação e extensão do Museu Emílio Goeldi, diz que a participação da instituição no evento propicia o diálogo entre arte a e ciência. "Esse ano com a temática que retrata a cultura indígena é muito significante para o museu, pois é um tema bastante trabalhado nas pesquisas, nos estudos antropológicos nas nossas áreas de ciências humanas e naturais. Por isso estamos muito feliz pela escolha dessa temática. Principalmente por ser um ano emblemático de luta para todos os institutos que preservam a memória, a cultura e a ciência" pontua a representante do museu.

Serviço 

Arte Pará 2018

Museu da Universidade Federal do Pará - Avenida José Malcher, 1192 - Nazaré

Museu Emílio Goeldi (Rocinha) - Av. Gov Magalhães Barata, 376 - São Brás

Visitação: até 22 de dezembro

Patrocínio: Fibra - Apoio: Setrans-Bel, Sol

Realização: Fundação Romulo Maiorana