Semma aponta poluição no Igarapé do Lago do Costa após naufrágio de balsa
O naufrágio provocou o vazamento de mais de 600 litros de óleo diesel e afetou cerca de 50 famílias ribeirinhas que dependem do rio para sua sobrevivência
Cerca de 50 famílias ribeirinhas foram afetadas pelo vazamento de mais 600 litros de óleo diesel, após o naufrágio da balsa MG, ocorrido no último dia 16, em frente à comunidade de cuieiras, em Monte Alegre, oeste do Pará. Segundo o relatório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), o óleo contaminou o Lago do Costa e causou danos ambientais à região.
Segundo o relatório da Semma, a balsa da petroleira MG seguia de Santarém com destino a Belém quando veio afundou, por volta das 16h. O material poluente se espalhou no Rio Amazonas, da margem ribeirinha até o igarapé do Lago Grande, agravando ainda mais o dano.
Na ocasião, o dono da embarcação informou à Semma que fazia o transporte de 600 litros de óleo diesel, mas, diante da proporção do dano, os técnicos do órgão acreditam que a carga era bem maior do que a informada.
O acidente deixou cerca de 50 famílias que dependem do rio sem água própria para o consumo. Na última quinta-feira (22), cinco dias após o naufrágio, a Prefeitura de Monte Alegre providenciou a entrega de 90 garrafões de água mineral para as famílias afetadas.
A multa para esse tipo de crime ambiental pode variar de R$ 5 a R $50 mil , segundo a Semma.
“Foi feito um laudo técnico, montado com auxílio da engenharia ambiental, biólogos e fiscais da Semma que constataram que a quantidade de óleo é bem maior [que os 600 litros informados pela empresa], diante disso, estamos preparando um relatório final para que, assim, possamos responsabilizá-los", disse Madson Pereira, secretário de Meio Ambiente de Monte Alegre.
Naufrágio contaminou o Igarapé Lago do Costa, atesta Semma
O laudo da Semma relata que o naufrágio da Balsa MG provocou a contaminação da água do Igarapé do Lago do Costa. O vazamento do óleo tornou a água imprópria para o consumo e uso humano e animal. Ocorre que a comunidade local depende diretamente desses recursos para sua subsistência, tanto para alimentação como dessedentação humana e animal.
“Também é importante destacar que esse incidente afetou diretamente a fauna aquática, sobretudo, os peixes que, ao entrarem em contato com o óleo, podem ser contaminados, o que pode colocar em risco a saúde das pessoas que consomem essas espécies. Além disso, ressalte-se que no local, durante a visita da equipe técnica, foi possível sentir forte odor dos resíduos de óleo diesel na margem do rio”, descreve o relatório.
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