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Meteorologista confirma chuva de granizo em Altamira

Fenômeno raro nas regiões próximas ao Equador ocorreu no último sábado (5) em Altamira e foi gravado em vídeo. Especialista e internautas descartam episódios em Ananindeua

Valéria Nascimento

Coordenador do 2º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (2º Disme / Inmet), José Raimundo Abreu de Sousa confirmou a ocorrência de uma chuva de granizo no sábado (5), numa localidade do município de Altamira, região do sudoeste paraense, na Transamazônica. Ele tem um vídeo gravado por uma emissora de televisão de Altamira em que é perceptível a queda dos pedaços de gelo na área rural.

Sobre uma segunda ocorrência nesta terça-feira (8), em dois pontos do município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), por volta das 18h, o meteorologista disse não poder confirmar o fenômeno, mas frisou que ainda que ele seja raro e atípico na área do paralelo do Equador, isso não é impossível.

"Não recebi vídeos sobre o granizo em Ananindeua, mas pessoas que eu conheço me ligaram perguntando se eu já sabia e me afirmaram que a chuva com granizo ocorreu em dois pontos de Ananindeua, no entanto, nenhuma delas gravou, como fizeram pessoas de Altamira. Tenho o vídeo de lá e, de fato, a chuva de granizo ocorreu em Altamira'', afirmou o meteorologista neste início de noite à redação integrada.

Um dos autores de uma das postagens que afirmaram a ocorrência de chuva de granizo em Ananindeua publicou mensagem dizendo que se tratava de uma brincadeira.

 

 

José Raimundo explicou que o granizo só se forma em um único tipo de nuvem, a cumulonimbus, também responsável por trovões e relâmpagos. "Quando as nuvens passam de uma determinada altura, elas ficam com temperatura abaixo de zero e essa umidade, que é água líquida, congela. Além disso dentro das nuvens há correntes de ar subindo e descendo num movimento caótico e na descida da corrente de ar, é possível que a água congelada se precipite como pedaços de gelo, os chamados granizos''.

O meteorologista informou ainda que no final da tarde desta terça-feira, caíram duas chuvas na Região Metropolitana de Belém (RMB). A primeira às 17h; a segunda, por volta das 18h. Ele considera que a primeira chuva baixou a temperatura na superfície, e na segunda, pode ter havido o deslocamento das correntes de ar e a precipitação da água em vapor em forma de pequenos blocos de gelo.

José Raimundo frisou que é difícil o fenômeno da chuva de granizo ser registrado por estações meteorológicas. Belém tem duas estações. Uma no Entroncamento; outra, no bairro do Curió-Utinga, próximo à Ceasa e à Embrapa Amazônia Oriental. "Só uma grande coincidência, de a chuva cair sobre a estação porque elas muito pontuais, não há equipamentos para esse registro específico''.

Quanto a chuva de granizo na área rural de Altamira, as nuvens cumulonimbus teriam se formado entre o Marajó e o estado do Amapá, mas precipitaram-se em Altamira. Já as chuvas das 17h e 18h, desta terça-feira, teriam iniciado sua formação em nuvens carregadas por volta das 15h, na região nordeste do estado, próximo de Castanhal.   

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