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Internos de unidade prisional produzem materiais de combate à covid-19

Os materiais utilizados para a confecção dos produtos de limpeza são doados por parceiros, colaboradores e funcionários da unidade prisional

Redação Integrada

Internos do Centro de Recuperação Masculino de Vitória do Xingu (CRMV) estão produzindo materiais de limpeza utilizados no combate a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. A iniciativa partiu da diretora da unidade prisional, Patrícia Abucater, que coletou informações e aprendeu a produzir os materiais durante curso feito ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), para custodiados, em fevereiro deste ano. Após a conclusão do curso e a capacitação de 23 apenados, a diretora seguiu com o trabalho e deu início ao projeto que denominou como "A Arte de Viver Bem".

Hoje outros internos da casa penal aprendem os trabalhos, aumentando o estoque de materiais de limpeza e proporcionando que mais custodiados exerçam atividades laborais e profissionais. Entre os itens produzidos estão: sabão líquido, sabão em barra, desinfetante, detergente e amaciante.

A produção destes materiais tornou a unidade autossuficiente quanto à necessidade de produtos de limpeza, possibilitando que outras casas penais possam ser ajudadas com a distribuição dos produtos fabricados no local. Além disso, na unidade, também são confeccionadas máscaras de proteção contra a covid-19 para custodiados e servidores, além de uniformes para os apenados.

O diretor de Reinserção Social (DRS) da Seap, Belchior Machado, explica a importância deste tipo de iniciativa em unidades prisionais. "É de extrema importância que as unidades prisionais desenvolvam atividades que sejam compatíveis com a autossuficiência do sistema prisional. Estamos investindo em maquinários e células de produções de materiais que são utilizados no dia a dia das unidades prisionais, o que, além de garantir a remição de pena para os custodiados que desenvolvem as atividades, traz economia, pois passamos a produzir aquilo que antes comprávamos para manter o ambiente prisional limpo, estruturado e organizado", disse.

Os trabalhos executados por internos a partir de capacitações servirão como forma de renda para o sustento familiar, quando estiverem novamente em liberdade. É o que afirma o custodiado Francisco de Castro. “Quando eu sair quero usar como profissão, como uma forma de começar a minha vida”, disse. Ele explica ainda que mesmo que futuramente tenha outro emprego, pretende utilizar esses ensinamentos em momentos livres para aumentar sua renda. “Se eu tiver um trabalho fixo lá fora, posso muito bem fazer esses trabalhos nos finais de semana e contribuir com a minha renda para que eu possa sustentar a minha família”, concluiu.

Os materiais utilizados para a confecção dos produtos de limpeza são doados por parceiros, colaboradores e funcionários da unidade prisional. Sem esquecer a importância dos cuidados com a saúde neste momento de pandemia, todos os internos e participantes do projeto utilizam materiais de proteção individual durante as atividades.

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