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Imunização deve chegar a 36 mil indígenas no Pará

Essa é a população indígena de todos os quatro DSEIs no Pará. A meta do Ministério da Saúde é vacinar mil indígenas em todo o Brasil

Victor Furtado, com informações do Ministério da Saúde
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O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (24), a 13ª edição do Mês da Vacinação dos Povos Indígenas (MVPI). A campanha de imunização segue até 19 de maio, com foco nas áreas onde residem povos de difícil acesso. Serão ofertadas 127,3 mil doses de vacinas contra hepatite B e A, rubéola, coqueluche, sarampo, caxumba, difteria, febre amarela, influenza e outras infecções bacterianas e virais graves.

O Mês de Vacinação dos Povos Indígenas é coordenado anualmente pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde. Os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do país receberão uma força-tarefa, que tem a missão de imunizar mil indígenas aldeados em todas as regiões do país. 

No Pará há quatro DSEIs, com uma população que chega a 36.405 indígenas  — dados do MS de 2017, que são os mais atuais que constam no próprio site do ministério —, que são os DSEIs Altamira, Kayapó do Pará, Guamá -Tocantins e Tapajós.

A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com o MS para que essa meta de mil pessoas da campanha, em todo o Brasil, fosse explicada melhor, mas ainda não houve resposta. Em 2016, por exemplo, a mata era vacinar 120 mil indígenas e foram disponibilizadas 202 mil doses de imunobiológicos. Em 2017 a meta era 100 mil indígenas. Em 2018, a meta foi 115 mil indígenas.

A ideia é intensificar a imunização da população mais vulnerável, como crianças de até quatro anos, mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) e idosos, que vivem em áreas de difícil acesso e onde há baixa cobertura vacinal. Os DSEIs também definirão quais as áreas prioritárias de suas regiões.

Além da imunização, os DSEIs aproveitarão a oportunidade para realizar várias atividades, como avaliação nutricional, atendimento odontológico, testes rápidos de HIV/Hepatites/Sífilis, consultas de pré-natal e exames laboratoriais e clínicos, aplicação de vitamina A, palestras educativas, entre outras coisas.

Neste ano, a estratégia do Ministério da Saúde integra a Semana Mundial de Vacinação, coordenada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em diversos países da América Latina. Para o lançamento desta edição, o local escolhido foi a Aldeia do Forte, localizada no DSEI Potiguara, município de Baía da Traição (PB). 

Quase 2,5 mil profissionais, em especial agentes indígenas de saúde, participarão da ação nos DSEIs em todo o país. Também compõem a equipe médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, cirurgiões dentistas e auxiliares de saúde bucal, que integram as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI).

A logística dessa vacinação, informa o Ministério da Saúde, é diferenciada, levando em consideração as especificidades dessa população e as necessidades de transporte das equipes e insumos até as aldeias, seja por carro, barco, helicóptero ou avião.

Para a campanha, MS está investindo R$ 2,46 milhões, incluindo despesas com logística, transporte e imunobiológicos. O Mês de Vacinação dos Povos Indígenas teve início em 2005 e faz parte da Semana de Vacinação nas Américas, liderada pela OPAS. No Brasil, a ação acontece no mesmo período da campanha de vacinação contra a gripe, realizada nos meses de abril e maio.

O modelo de atenção estabelecido pela Política de Atenção à Saúde Indígena prioriza as atividades de promoção à saúde, prevenção e controle de doenças e agravos, baseando-se no perfil epidemiológico da população indígena. A imunização é uma das ações prioritárias entre as desenvolvidas pelos Distritos para a promoção à saúde e prevenção e controle de doenças.

A vacinação indígena é uma ação universal, tendo em vista que abrange toda a população e está disponível em todos os DSEIs. A operacionalização nas áreas de difícil acesso é complexa, informa o Ministério da Saúde. Não apenas devido a fatores como diversidade cultural e dispersão geográfica, mas também o desafio de acondicionar, conservar e transportar as vacinas.

Conheça os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do Pará:

DSEI Kayapó do Pará

População geral de 5.796 indígenas
Etnias presentes: 1
Aldeias: 50
Polo Base: 4
CASAI: 4
Estados de abrangência: Pará
Municípios abrangentes: 6
Município sede do DSEI: Redenção, Pará

DSEI Altamira

População geral de 3.974 indígenas
Etnias: 10
Aldeias: 60
Polo Base: 1
CASAI: 1
Estados de abrangência: Pará
Municípios abrangentes: 5
Município sede do DSEI: Altamira, Pará

DSEI Guamá-Tocantins

População geral de 13.913 indígenas
Etnias presentes: 38
Aldeias: 153
Polo Base: 8
CASAI: 5
Estados de abrangência: Tocantins e Pará
Municípios abrangentes: 17
Município sede do DSEI: Belém, Pará

DSEI Tapajós

População geral de 12.722 indígenas
Etnias presentes: 4
Aldeias: 141
Polo Base: 11
CASAI: 4
Estados de abrangência: Pará
Municípios abrangentes: 4
Município sede do DSEI: Itaituba, Pará

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE - DADOS DE 2017

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