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Estudantes caminham na lama para ir à aula

João Paulo Jussara

Moradores do município de Magalhães Barata, no nordeste do Pará, reclamam que, por conta das péssimas condições das estradas vicinais que ligam comunidades da zona rural à cidade, alunos de escolas municipais e estaduais precisam enfrentar vários quilômetros de caminhada, com os pés na lama, para frequentarem as aulas. A situação foi denunciada através de uma postagem feita ontem no site do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp).

Na imagem, que também foi divulgada nas redes sociais, alunos pré-adolescentes vestidos com uniformes e cadernos nas mãos caminham sobre a lama, descalços e com as calças até os joelhos. "Por conta das péssimas condições das estradas vicinais, abandonadas pelo prefeito Gerson Miranda (MDB), os ônibus escolares estão impossibilitados de adentrar nas comunidades e, em meio à lama e chuva e com as calças no meio da canela, as crianças e adolescentes são obrigadas a ir caminhando para a escola. É revoltante!", diz o texto publicado no site do Sintepp.

A reportagem entrou em contato com o representante da comunidade Vila de Calafate, no município de Magalhães Barata, Evandro Alves, que informou que o problema é recorrente durante o período de chuvas intensas. Mas no final do ano passado, a situação piorou, e nem mesmo motocicletas estariam conseguindo trafegar pelas estradas. "São várias partes da estrada que ficam intrafegáveis. Os estudantes e funcionários das escolas precisam caminhar pelo menos 2 quilômetros sobre a lama, todos os dias, para chegarem à sala de aula", afirma.

Evandro explica que existe uma grande dificuldade para asfaltar a via, já que são cerca de 12 quilômetros de ramais. "A gente queria pelo menos que eles jogassem uma piçarra, que já resolveria o problema", diz. Ele conta que os moradores das comunidades rurais já encaminharam abaixo-assinado à prefeitura e à Câmara Municipal solicitando providências, mas até agora nada foi feito. "Os alunos ficam sem condições de estudar. Muitos ficam no meio da estrada, voltam para casa e perdem aula, e outros chegam muito atrasados e acabam se prejudicando. É uma situação muito complicada", conclui.

A reportagem procurou a Prefeitura de Magalhães Barata para solicitar um posicionamento, via telefone e também por e-mail, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.

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