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Especialista explica os riscos existentes na estrutura da orla de Santarém

Obra em um dos trechos danificados da orla de Santarém é finalizado; faltam mais dois pontos para receberem os reparos.

Andria Almeida
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Existe uma parte da orla de Santarém, no oeste do Pará, que é considerada ponto turístico, e recentemente completou 20 anos desde a construção. Pelo tempo de existência, segundo o engenheiro civil, que é mestre em Processos Construtivos e Saneamento Urbano, Sérgio Gouvêa, era necessária uma manutenção detalhada a cada 10 anos, no entanto não foi feita. As ações realizadas nos últimos 4 anos são apenas paliativas, colocadas em práticas apenas quando um problema é manifestado.

Na última semana a prefeitura está recuperando alguns trechos danificados, que ofereciam risco à população. Já houve a entrega de uma área de aproximadamente 30 metros. E mais dois trechos danificados devem ser entregues nos próximos dias.

Para o especialista, o engenheiro Sérgio, o problema da Orla é o carreamento de material de aterro que já tem muitos anos, pela memória histórica da cidade houve poucas oportunidades de manutenção naquela área. “A maioria delas manutenção corretiva, nunca teve na manutenção preventiva na verdade”, disse.

Sobre os riscos dos 'afundamentos' na estrutura da orla, o especialista afirma: “Tem seus riscos, mas normalmente acontece que a gente vai tendo esses leves afundamentos que indica que o material não está lá e a gente tem que estar sempre verificando para saber qual é a gravidade, às vezes afundou só um pouquinho, às vezes pode ser todo material, não é uma situação assim de grave risco, como a gente tem visto a desmoronamentos, não porque a estrutura está preservada, o problema tá no aterro”, explicou.

Ele analisa ainda, que estão acontecendo alguns processos de obstrução das vedações, ou seja, parte do material da estrutura está sendo levada pelas águas da chuva. O engenheiro acredita que também se dá pela falta de manutenção preventiva ao longo das duas décadas.

“O que vai acontecer é que o material de aterro com as águas das chuvas e as marés, o sobe-desce do rio, esse material ele vai indo embora para o próprio rio e vai ficando vazios, vazados embaixo do piso onde a gente anda, aí vem o risco de rachaduras importantes. Então o certo seria que há cada 10 anos é necessário fazer uma sondagem para verificar se os materiais estão lá, fazer alguns furos de sondagem para verificar se o aterro está bem compactado, mas nós não temos muita verba para isso e acaba que os anos vão passando e não foram feitos esses serviços, observou.Trabalhos na área afetada

A Seminfra realizou a manutenção na orla, próximo à praça do pescador, onde a laje havia cedido. Foi feita toda a recomposição com aterro e com rachão, em seguida fez a armação na laje e a concretagem.

A previsão inicial de entrega da obra era de três dias, prazo esse que foi estendido por conta das chuvas. No dia 3 de janeiro a área foi interditada pela defesa civil, por conta da grande circulação de pessoas na área.

Os outros dois trechos da orla de Santarém que apresentaram problemas estruturais foram em frente aos prédios da Caixa Econômica Federal e em frente ao prédio da Receita Federal.

"Em relação aos outros pontos que tem no decorrer da orla, também serão realizados trabalhos conforme planejamento que a gente tem aqui na Seminfra, devido às emergências que apareceram nessas duas semanas. A gente está com as equipes em rua realizando essas manutenções e nos dois pontos da orla serão feitas a mesma manutenção", informou, Elvis Portela de Aguiar, assessor técnico de Engenharia.

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