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Desmatamento na Amazônia Legal chegou a 810 km² em março de 2021

De acordo com o Imazon, houve aumento de 216% em relação ao mesmo mês no ano passado; Pará foi o estado com maior registro de desmatamento

João Thiago Dias / com informações do Imazon
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A Amazônia Legal teve 810 quilômetros quadrados de território desmatado em março de 2021, o que representa um aumento de 216% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando o desmatamento somou 256 quilômetros quadrados. O registro foi o maior valor da série histórica dos últimos dez anos referente ao mês de março. Até então, o maior registro era de 2018, com 287 quilômetros quadrados.

O Pará foi o estado da Amazônia Legal com maior registro de desmatamento em março de 2021. De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o percentual de desmatamento detectado em março foi o seguinte: Pará (35%); Mato Grosso (25%); Amazonas (12%); Rondônia (11%); Roraima (8%); Maranhão (6%); Acre (2%); e Tocantins (1%).

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19), pelo Imazon, a partir do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), que monitora via satélite as áreas desmatadas na região.

Segundo o SAD, em março de 2021, 66% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, representando a maioria do território desmatado. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (22%), Unidades de Conservação (11%) e Terras Indígenas (1%).

Na análise do desmatamento em Unidades de Conservação (UCs), foi constatado que sete UCs do ranking das dez mais desmatadas estão localizadas no estado do Pará: APA Triunfo do Xingu (PA); Flona do Jamanxim (PA); APA do Tapajós (PA); FLONA de Altamira (PA); Flona de Itaituba II (PA); Rebio Nascentes da Serra do Cachimbo (PA); Resex Rio Preto-Jacundá (RO); Esec da Terra do Meio (PA); Resex Jaci Paraná (RO); e Rebio do Gurupi (MA).

Degradação

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 64 quilômetros quadrados em março de 2021, o que representa um aumento de 156% em relação a março de 2020, quando a degradação detectada foi de 25 quilômetros quadrados.

Em março de 2021, a degradação foi detectada em Rondônia (39%), Mato Grosso (36%) e Pará (25%). A degradação é caracterizada pela extração seletiva das árvores, normalmente para fins de comercialização de madeira, e pelas queimadas.

Semas

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informou, em nota, que atua no combate ao desmatamento, com a estratégia do Plano Amazônia Agora, que tem como meta alcançar o patamar de emissão líquida zero até 2036. "O Estado avança em ações repressivas, aliadas à regularização fundiária e ambiental e o apoio à produção rural sustentável", pontuou.

"Nas ações repressivas conta com atuação a Força Estadual de Combate ao Desmatamento (policiais civis e militares, bombeiros, peritos e fiscais da Semas). No mês de fevereiro, reduziu em 90% o desmatamento nas áreas estaduais, em comparação ao mesmo período do ano passado", detalhou a nota.

A Semas também informou que, de acordo com dados do Deter, de janeiro a dezembro de 2020, o Pará reduziu em 13% o desmatamento em áreas estaduais em comparação ao mesmo período de 2019, enquanto que em terras federais o aumento foi de 6% também no mesmo período.

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